sexta-feira, 21 de maio de 2010
THE ROLLING STONES - " EXILE ON MAIN STREET"
Rolling Stones trazem mais do mesmo, ainda bem
Revista Época
O rock nunca morre. Nada nunca mais vai morrer por causa da tecnologia. E assim a banda inglesa The Rolling Stones volta agora com novidades de 1972. Foi em naquele ano que a banda de Mick Jagger e Keith Richards lançou o álbum duplo Exile on Main Street. Uma edição especial comemorativa aos 40 anos do disco tem lançamento mundial nesta semana, pela Universal. Além do álbum propriamente dito, traz dez faixas inéditas, reprocessadas e remasterizadas para os padrões de estúdio atuais.
Exile on Main Street é um trabalho renovador na carreira dos Stones. As sessões de gravações foram longas, caóticas e refletiram a fase de renovação da banda, depois da morte de Brian Jones, em 1969. Entre 1969 e 1972, os Stones gravaram em vários locais. Começaram por um castelo no sul da França, alugado por Keith, e depois foram para Londres e Los Angeles.
A primeira fase de gravações foi caótica.
Um tanto bagunçados, os Stones plaenejavam reorientar seu estilo, ampliando suas músicas para outros gêneros. O novo guitarrista dos Stones, Mick Taylor, que entrou no lugar de Brian Jones, era um habilidoso músico de blues e dos estilos sulistas dos Estados Unidos. Além disso, foram convidados vários músicos, como Dr. John, Billy Preston e o pianista Nicky Hopkins. O resultado foi um álbum duplo de raiz, vamos dizer assim, com muita intervenção na mesa de som. Os inéditos, redescobertos durante a produção do relançamento, como a balada “Dancing in the light” e o blues “So divine (Aladdin story)”, são o mais do mesmo. Mas o mesmo dos Rolling Stones é ainda mais e melhor do que se produz hoje no rock. O material extra mostra como a influência de Keith Richards era maior nesse tempo. Até porque a maior parte das gravações aconteceu na casa do guitarrista.
Predomina o estilo ríspido de Keith, com a ajuda das intervenções de Mick Taylor. Mick Jagger parece ter a voz afogada em jam sessions maravilhosas, como em “Good time women”. E há rock’n'roll em estado puro, na instrumental “Tittle 5″, levada por Keith Richards e Mick Jones, que termina de repente e assim encerra o álbum. Mas eu me pergunto por que a banda estava tão fascinada pelo Neil Young nessa época? Insegurança com o próprio estilo?
Felizmente, a coleção original de 18 músicas é uma seleção do sumo dos Stones. Ela traz o melhor do disco (confira capa abaixo). Ela apontava para várias direções. E a nenhuma, porque os Rolling Stones sempre foram iguais a si próprios, mesmo querendo mudar. Em 1972, como em 2010, vale a definição dada à banda por seu líder, o vocalista Mick Jagger: “Somos uma banda de pub que toca em grandes estádios”. E estúdios. Os estúdios são os sarcófagos desses deuses antigos.
Revista Época
O rock nunca morre. Nada nunca mais vai morrer por causa da tecnologia. E assim a banda inglesa The Rolling Stones volta agora com novidades de 1972. Foi em naquele ano que a banda de Mick Jagger e Keith Richards lançou o álbum duplo Exile on Main Street. Uma edição especial comemorativa aos 40 anos do disco tem lançamento mundial nesta semana, pela Universal. Além do álbum propriamente dito, traz dez faixas inéditas, reprocessadas e remasterizadas para os padrões de estúdio atuais.
Exile on Main Street é um trabalho renovador na carreira dos Stones. As sessões de gravações foram longas, caóticas e refletiram a fase de renovação da banda, depois da morte de Brian Jones, em 1969. Entre 1969 e 1972, os Stones gravaram em vários locais. Começaram por um castelo no sul da França, alugado por Keith, e depois foram para Londres e Los Angeles.
A primeira fase de gravações foi caótica.
Um tanto bagunçados, os Stones plaenejavam reorientar seu estilo, ampliando suas músicas para outros gêneros. O novo guitarrista dos Stones, Mick Taylor, que entrou no lugar de Brian Jones, era um habilidoso músico de blues e dos estilos sulistas dos Estados Unidos. Além disso, foram convidados vários músicos, como Dr. John, Billy Preston e o pianista Nicky Hopkins. O resultado foi um álbum duplo de raiz, vamos dizer assim, com muita intervenção na mesa de som. Os inéditos, redescobertos durante a produção do relançamento, como a balada “Dancing in the light” e o blues “So divine (Aladdin story)”, são o mais do mesmo. Mas o mesmo dos Rolling Stones é ainda mais e melhor do que se produz hoje no rock. O material extra mostra como a influência de Keith Richards era maior nesse tempo. Até porque a maior parte das gravações aconteceu na casa do guitarrista.
Predomina o estilo ríspido de Keith, com a ajuda das intervenções de Mick Taylor. Mick Jagger parece ter a voz afogada em jam sessions maravilhosas, como em “Good time women”. E há rock’n'roll em estado puro, na instrumental “Tittle 5″, levada por Keith Richards e Mick Jones, que termina de repente e assim encerra o álbum. Mas eu me pergunto por que a banda estava tão fascinada pelo Neil Young nessa época? Insegurança com o próprio estilo?
Felizmente, a coleção original de 18 músicas é uma seleção do sumo dos Stones. Ela traz o melhor do disco (confira capa abaixo). Ela apontava para várias direções. E a nenhuma, porque os Rolling Stones sempre foram iguais a si próprios, mesmo querendo mudar. Em 1972, como em 2010, vale a definição dada à banda por seu líder, o vocalista Mick Jagger: “Somos uma banda de pub que toca em grandes estádios”. E estúdios. Os estúdios são os sarcófagos desses deuses antigos.
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