domingo, 30 de maio de 2010

" PEDINTE" PICARETA - MADE IN PARAGUAY



PARAGUAI FINGE POBREZA E LEVA O BRASIL NO BICO
sábado, 29 de maio de 2010 | 6:57

O Paraguai mente sobre o seu PIB para conseguir esmolas externas, como o aumento do valor que recebe pela energia de Itaipu, a ser votado pelo Congresso brasileiro

Por Duda Teixeira, na VEJA:
pedinte rico é um personagem raro, mas não totalmente estranho aos moradores das grandes cidades. Quando termina o expediente, ele desveste a fatiota, joga uns trapos sujos sobre o corpo, exibe um rosto macilento e sai às ruas pedindo esmolas. Funciona. Na diplomacia latino-americana, esse papel vem sendo desempenhado pelo Paraguai. De acordo com os números oficiais divulgados pelo banco central paraguaio, o país é o segundo mais pobre da América do Sul. Um levantamento do economista Wagner Enis Weber, diretor do Instituto de Estudos Econômicos e Sociais do Paraná-Paraguai (Ineespar), no entanto, mostra que os dados do produto interno bruto (PIB, o total de mercadorias e serviços produzidos) são tão falsos quanto os cigarros contrabandeados para o Brasil. Oficialmente, o PIB per capita é de 2 300 dólares. O valor correto, dependendo do cálculo, pode chegar a 6 160 dólares, o suficiente para fazer o país subir quatro posições no ranking regional da riqueza, à frente de Colômbia e Peru. O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, elegeu-se em 2008 com a promessa de arrancar alguns trocados do Brasil, mas a prática de subestimar o PIB não é uma invenção dele: existe há pelo menos trinta anos.

Um exemplo de como a falsificação das estatísticas oficiais é usada para atrair a caridade internacional é o Focem, um fundo do Mercosul cuja finalidade é ajudar seus membros a fazer obras de infraestrutura. O Paraguai contribui com apenas 1% do fundo, mas tem direito a metade do dinheiro, quase 50 milhões de dólares por ano. O tamanho da economia e o grau de desenvolvimento do país beneficiado são um dos principais critérios para a distribuição do recurso. Ao se fazer passar por pobre, o Paraguai também consegue adiar a adesão à tarifa externa comum do Mercosul. Com isso, os produtos importados da China, por exemplo, são mais baratos no Paraguai do que no Brasil. A adoção da tarifa comum levaria ao fim do comércio de sacoleiros em Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu. Aqui

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