

Pão de Açúcar compra a Casas Bahia por meio da Globex
Com o negócio, grupo de Abílio Diniz passará a contar com 1.807 lojas e faturamento de cerca de R$ 40 bilhões por ano
SÃO PAULO - O Pão de Açúcar anunciou nesta sexta-feira, 4, em fato relevante, a compra da Casas Bahia, com a integração dos negócios no setor de varejo de bens duráveis com a Globex (controladora do Ponto Frio). A notícia foi antecipada nesta manhã pela jornalista Sonia Racy, no estadao.com.br. A integração será realizada por intermédio da subsidiária do Pão de Açúcar, Mandala Empreendimentos e Participações - unidade pela qual também foi realizada a compra da Globex. Os valores do negócio ainda não foram divulgados.
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Com o negócio, o Grupo Pão de Açúcar passará a contar com 1.807 lojas, incluindo lojas de super e hipermercados, postos e drogarias, com faturamento (base 2008) de aproximadamente R$ 40 bilhões e mais de 137 mil funcionários. Globex e Casas Bahia juntas terão um total de 1.015 lojas em 18 Estados brasileiros e Distrito Federal, 68 mil colaboradores e um faturamento bruto (base 2008) de R$ 18,5 bilhões.
O grupo estima que a associação será implementada em até 120 dias, sendo que a integração dos negócios de varejo e a de comércio eletrônico serão realizadas simultaneamente.
Segundo comunicado, o Pão de Açúcar irá transferir para a Globex, por R$ 120 milhões, todos os estabelecimentos comerciais onde atualmente são operados negócios de varejo de bens duráveis, exceto os negócios de comercialização de bens duráveis que opera em seus supermercados e hipermercados - que não integram a associação. Na nota o grupo cita como varejo a ser transferido a Lojas Extra-Eletro.
Pelo acordo, após a integração entre Globex e Casas Bahia, o Pão de Açúcar terá 50% mais uma ação na nova empresa. A Casas Bahia, por sua vez, ficará com 47,84% das ONs e 2,21% das PNs.
A intenção de ambas, segundo comunicado, é que a Casas Bahia atinja uma participação de 49% no capital votante de Globex. Conforme a adesão dos minoritários à OPA, a cada lote de 100 ações da Globex que a Mandala adquirir, a Casas Bahia converterá 105 ações preferenciais em ações ordinárias de emissão da Globex. Caso restem ações PN não convertidas após liquidação da OPA, a Globex deverá resgatá-las ao mesmo preço de emissão.
Rafael Klein ocupará cargo de diretor presidente
O conselho de administração deverá nomear Raphael Klein para ocupar o cargo de diretor presidente da companhia, para um primeiro mandato de 2 anos. Jorge Herzog e Roberto Fulcherberguer devem ocupar os cargos de vice presidentes.
O Pão de Açúcar ainda tem assegurada a eleição da maioria dos membros do conselho de administração da Globex. Enquanto a Casas Bahia terá o direito de eleger determinado número de membros correspondente ao seu porcentual no capital social da Globex. O presidente do conselho de administração, por indicação do Pão de Açúcar, será Michael Klein.
Até a primeira reunião do conselho, após a assinatura do acordo, o Pão de Açúcar indicará o diretor financeiro e de Relações com Investidores, além de outros nomes para compor a diretoria da companhia.
Nova PontoCom reunirá negócios
O Pão de Açúcar informa que na associação com a Casas Bahia também serão consolidados, em uma ou mais sociedades, os negócios de comércio eletrônico de bens duráveis na Nova PontoCom, que hoje são explorados por Globex, Casas Bahia e Pão de Açúcar.
A transferência destes negócios à Nova PontoCom será realizada por meio de operação ou operações sucessivas, de acordo com a estrutura por estas julgadas mais eficiente, acrescenta a rede de supermercados em fato relevante.
Como resultado da integração dos negócios de comércio eletrônico, a Casas Bahia terá uma participação societária de 17% da totalidade do capital social da Nova Pontocom.
Pão de Açúcar: gigante do varejo
No início de junho, o Grupo Pão de Açúcar bateu o martelo para a compra do Ponto Frio e se transformou na maior companhia do varejo brasileiro - superando o rival Carrefour -, com faturamento de R$ 26 bilhões, 79 mil funcionários e mais de mil lojas espalhadas por 18 Estados.
Após ter até anunciado que não estava no páreo, o grupo comandado por Abilio Diniz desbancou redes apontadas como favoritas à compra da companhia, como o Magazine Luiza e a Lojas Insinuante, líder na região Nordeste. A transação inclui as 455 lojas físicas do Ponto Frio, a loja virtual, a participação na financeira Investcred e centros de distribuição.
A empresa de Abílio Diniz, que também é dona da bandeira Extra, buscou ainda ampliar sua presença no setor do atacarejo em 2009, por meio da rede Assai. O grupo comprou a participação de 40% que ainda não detinha do capital da Assai em julho. O total a ser pago pela participação será de R$ 175 milhões, valor que pode chegar a R$ 200 milhões.
O grupo fechou o terceiro trimestre com um lucro líquido de R$ 171 milhões, um crescimento de 210,3% em relação ao mesmo período de 2008. A receita líquida consolidada atingiu R$ 6,151 bilhões, um aumento de 15,1% na mesma comparação. Sem as operações do Ponto Frio, o lucro do Grupo Pão de Açúcar somou R$ 206,7 milhões.
Na apresentação dos resultados, o vice-presidente do Grupo Pão de Açúcar, Enéas Pestana, afirmou que os investimentos da companhia serão "muito agressivos" em 2010, com desembolsos superiores aos de 2009 - que devem ficar pouco abaixo da meta inicial, de R$ 750 milhões. Segundo Pestana, os planos poderão ser revistos apenas diante de alguma aquisição. "Se houver alguma aquisição, vai ter impacto no plano orgânico", disse.
Caso sejam concretizados em sua totalidade, os aportes serão direcionados principalmente às lojas Extra Fácil, Assai e Extra. Segundo Pestana, a companhia mantém uma equipe de fusões e aquisições que está buscando oportunidades em supermercados, drogarias e lojas de eletroeletrônicos.
Texto atualizado às 10h50
(com Márcia De Chiara, de O Estado de S. Paulo, e André Magnabosco e Rodrigo Petry, da Agência Estado)
COMENTÁRIO:-
ARVÃO | SP / São José dos Campos | 04/12/2009 14:21 Revista Época
MONOPÓLIO
Senhores, esta negociação, monopolizando o mercado brasileiro de UD e afins, não é nem um pouco salutar., as indústrias serão reféns deste grupo, como a população também. Por trás deste "negócio" com certeza tem "mentores" diabólicos manejando a economia nacional., vamos ver como fica esta fusão entre portugueses e judeus e como ficará o consumidor final. Com certeza ( 100%) o CADE irá aprovar, aliás já está aprovado esta fusão, o que precisaríamos investigar é o que tem no bojo deste "negócio" muito extranho. Os brasileiros são facílmente manipuláveis, ou duvidam? Arvão
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