sexta-feira, 5 de junho de 2009

ADVOGADOS ASSEDIAM FAMILIARES DO AIRBUS DESAPARECIDO


Air France pede punição a advogados que assediam famílias de ocupantes de Airbus
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da Folha Online

A Air France denunciou à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Rio que advogados estão assediando parentes das vítimas do Airbus desaparecido no último domingo (31). Segundo o presidente da entidade, Wadih Damous, os profissionais que importunarem os familiares dos ocupantes do avião serão punidos.
"Aqueles profissionais que estiverem violando o código de ética e disciplina responderão disciplinarmente pela grave irregularidade. Advogado não é abutre a farejar a dor humana, nem a advocacia deve ser confundida com revenda de automóveis ou anúncio de peças íntimas", disse Damous.

Segundo o presidente da OAB-RJ, os profissionais da advocacia serão necessários para orientar os parentes, mas "a conveniência e a oportunidade de serem procurados cabe exclusivamente aos familiares."

O presidente da OAB-RJ informou que recebeu a denúncia de assedio aos familiares das vítimas do voo por meio de uma correspondência da diretora geral da empresa no Brasil, Isabelle Birem. Ela disse ter sido informada de que os familiares das vítimas, hospedados hotel Windsor Barra, são "assediados por pessoas oferecendo serviços advocatícios, causando grande consternação". Ela pediu a apuração do fato, segundo a OAB.

Segundo a denúncia encaminhada pela companhia à entidade, advogados estrangeiros, com visto de turista, também assediam os familiares das vítimas da queda do avião. "Se comprovado o fato, oficiaremos os órgãos de fiscalização profissional dos respectivos países e encaminhemos os processos para punição rigorosa", disse o presidente da OAB-RJ.

Nesta sexta, a chuva e a baixa visibilidade prejudicam as buscas no oceano, informou em Recife (PE) o brigadeiro Ramon Borges Cardoso, diretor do Decea (diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo).

Nesta semana, aeronaves militares identificaram destroços nas águas, que ainda não foram removidos. Ontem, peças que seriam do avião foram retiradas do oceano, mas, segundo Cardoso, não são do avião que fazia o voo 447. Uma mancha de óleo avistada no local também não foi relacionada com o acidente.

Os destroços que forem retirados da água serão levados para Fernando de Noronha. As investigações sobre o acidente ficam sob responsabilidade da França.

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