quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ( PRESSÃO ALTA)

Tratamento da hipertensão
A hipertensão arterial primária não tem cura, mas o tratamento previne as complicações. Antes de prescrever a administração de medicamentos, é recomendável adotar medidas que estimulem hábitos de vida saudáveis.



Prevenção e tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial
Redução do peso

Porque existe relação direta entre peso corpóreo e pressão alta, é altamente recomendada a manutenção do peso ideal ou a redução do peso corporal. O peso ideal é medido pelo índice de massa corpórea (peso em quilogramas dividido pelo quadrado da altura em metros). IMC ideal entre 20 e 25 kg/m2.

Redução do sal

A dieta habitual contém 10 a 12g/dia de sal, valores acima dos recomendados para evitar a hipertensão. É saudável ingerir até 6 g/dia de sal correspondente a 4 colheres de café rasas de sal (4g) e 2g de sal presente nos alimentos naturais.

É possível reduzir o sal adicionado aos alimentos, evitando o saleiro à mesa e alimentos industrializados.

Maior ingestão de potássio

Pode ser útil na redução da pressão e prevenção da hipertensão arterial uma maior ingestão de potássio. Uma dieta rica em vegetais e frutas contém 2 a 4g de potássio/dia.

Os substitutos do sal contendo cloreto de potássio e menos cloreto de sódio (30% a 50%) são úteis para reduzir a ingestão de sódio e aumentar a de potássio.

Redução do consumo de bebidas

Para os consumidores de álcool, a ingestão de bebida alcoólica deve ser limitada a 30g álcool/dia, o que equivale a 600 ml de cerveja, 250 ml de vinho ou 60 ml de destilados (whisky, vodka, aguardente). Este limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso, mulheres, indivíduos com sobrepeso e/ou triglicérides elevados.

Vida ativa

Existe uma relação inversa entre grau de atividade física e incidência de hipertensão. A prática de exercícios físicos de forma regular reduz a pressão.

Tratamento medicamentoso da hipertensão arterial
Diversos tipos de medicamentos reduzem a pressão arterial através de mecanismos diferentes.

É recomendado que os medicamentos sejam prescritos de forma seqüencial de acordo com a resposta do paciente ao tratamento. Prescreve-se um medicamento e, se não for eficaz, interrompe-se e administra-se outro. Por vezes, é necessária a associação de fármacos diferentes.

Ao escolher um medicamento anti-hipertensivo, o médico leva em consideração fatores como: idade, sexo e etnia do doente; gravidade da hipertensão; presença de outras doenças, como diabetes ou valores elevados de colesterol; efeitos colaterais prováveis e custos dos medicamentos.

Habitualmente, os fármacos anti-hipertensivos são bem tolerados.

Mas qualquer anti-hipertensivo pode provocar efeitos colaterais, que devem ser informados ao médico para que ajuste a dose ou mude o fármaco.

Medicamentos anti-hipertensivos

Diuréticos tiazídicos são, geralmente, os primeiros medicamentos utilizados para tratar a hipertensão. Os diuréticos ajudam os rins a eliminar sal e água e diminuem o volume de líquidos em todo o organismo, reduzindo desse modo a pressão arterial. Os diuréticos também dilatam os vasos sanguíneos. Estes medicamentos são particularmente eficientes em pessoas de etnia negra, de idade avançada, em obesos e em pessoas que sofram de insuficiência cardíaca ou renal crônica. Exemplos: hidroclorotiazida.

Bloqueadores adrenérgicos bloqueiam os efeitos do sistema nervoso simpático, reduzindo assim o efeito do estresse na pressão arterial. Os betabloqueadores são especialmente eficientes nos indivíduos de etnia branca, nas pessoas jovens e nas que sofreram um enfarte de miocárdio, que possuam ritmos cardíacos acelerados, angina de peito ou enxaqueca. Exemplos: propranolol, atenolol.

Inibidores da enzima conversor da angiotensina diminuem a pressão arterial dilatando as artérias. São particularmente úteis nos indivíduos brancos, nas pessoas jovens, nas que sofrem de insuficiência cardíaca, nas que doença renal crônica ou a uma doença renal pela diabetes e nos jovens que manifestam impotência como resultado de um efeito secundário produzido pela ingestão de outro fármaco. Exemplos: captopril, enalapril.

Bloqueadores da angiotensina II diminuem a pressão arterial através de um mecanismo semelhante ao dos inibidores da enzima conversor da angiotensina. Devido ao modo como atuam (mais direto), os bloqueadores da angiotensina II parece causar menos efeitos secundários. Exemplos: losartam candersartan.

Antagonistas do cálcio provocam a dilatação dos vasos sanguíneos por um mecanismo completamente diferente. São particularmente úteis nas pessoas de etnia negra, de idade avançada e nas que sofrem de angina, de certos tipos de arritmias ou de enxaqueca. Exemplos: nifedipina, anlodipina.

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