terça-feira, 12 de janeiro de 2010

HEBE CAMARGO - TUMOR PRIMÁRIO DE PERITÔNIO

Janeiro 11, 2010
Tumor primário de peritônio. Hebe Camargo ainda não sabe da gravidade de seu caso.
Segundo assessoria de imprensa, trata-se de um câncer sem metástase.
Apresentadora está internada em São Paulo, sem previsão de alta.

A apresentadora Hebe Camargo tem um "tumor primário de peritônio", informa boletim médico divulgado na noite desta segunda-feira (11), pelo hospital Albert Einstein, em São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa da instituição trata-se de um câncer.


A apresentadora Hebe Camargo, em foto tirada em outubro passado. (Foto: Vanessa Carvalho/Agência Estado)


Hebe, 80 anos, está internada na instituição desde a última sexta (8). Ela passou por uma cirurgia na manhã do sábado (9) para a retirada de nódulos do peritônio - membrana que reveste os órgãos da região abdominal.

Na tarde do domingo (10), o hospital informou que a apresentadora foi transferida da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para uma Unidade de Terapia Semi-Intensiva. De acordo com a assessoria de imprensa do Alberto Einsten, já no domingo, a apresentadora se alimentava normalmente e caminhava

Trajetória

Nascida em Taubaté, no interior de São Paulo, a apresentadora é uma das personalidades mais populares da TV brasileira. Antes de ganhar fama na televisão, foi atriz e cantora famosa nas rádios na década de 1940.

Há 24 anos, ela apresenta o programa de entrevistas "Hebe", no SBT. Atualmente, Hebe está de férias da emissora.

Em dezembro do ano passado, o SBT divulgou comunicado no qual informava a renovação do contrato da apresentadora e que o programa voltaria a ser gravado em fevereiro.

"Estou muito feliz em ter renovado. A emissora mais feliz do Brasil faz parte da minha história há 24 anos", dizia a apresentora no comunicado.

Fonte: G1

Médicos ainda não contaram a Hebe sobre a gravidade do caso
Hebe Camargo está em um quarto no oitavo andar do Hospital Albert Einstein, e, segundo informações apuradas pelo Terra com fontes que trabalham no hospital paulistano, os médicos ainda não lhe falaram abertamente que ela tem câncer - vale lembrar que o diagnóstico da doença ainda não foi confimado oficialmente, mas, segundo fontes do Terra, ela está sim doente. O resultado definitivo da origem dos nódulos encontrados no abdome da apresentadora pode sair só nesta terça-feira (12).

Ainda segundo informações conseguidas pela reportagem do Terra, Hebe começará a ser tratada com quimioterapia imediatamente após o resultado dos exames. Não está descartada uma cirurgia maior após a quimioterapia.

Hebe mantém-se firme, dentro do limite do bom humor que uma pessoa consegue ter em um hospital. Até chegou a brincar com enfermeiras: "Que cara é essa?", teria perguntado a apresentadora a uma profissional.
Por razões óbvias, Hebe não tem lido jornais. Claudio Pessutti, sobrinho e empresário dela, está sempre por perto, fazendo a ponte entre os médicos e a paciente.

A saúde de ferro da apresentadora está ajudando. O exame - laparoscopia diagnóstica - realizado no sábado (9) correu sem problemas. Do anestesista ao patologista, entre outros profissionais, mais de dez pessoas estavam na sala.

A tristeza veio quando o patologista (pelo método de congelamento) revelou, na mesma hora, a malignidade do tumor, que se espalhou por todo o abdome. Suspeita-se que o tumor tenha se originado no ovário.
A boa notícia é que não há indício de que a metástase tenha se espalhado para outros órgãos, restringindo-se aos que compõem o peritônio - tecido que reveste o abdome. (ODAIR DEL POZZO
De São Paulo - Terra)


Edição Nº 2 - Agosto 2007
Tratamento da carcinomatose peritonial de origem colorretal pela cirurgia citorredutora
Benedito Mauro Rossi e Fabio de Oliveira Ferreira


A carcinomatose peritoneal secundária ao câncer colorretal (CCR) não deve ser interpretada sempre como doença sistêmica generalizada pois pode representar o primeiro passo da disseminação em pequena parte dos pacientes. Apesar do desenvolvimento de novos agentes e combinações, os resultados da quimioterapia sistêmica para a carcinomatose peritoneal continuam desapontadores, com impacto limitado na sobrevida. Por isso, a proposta terapêutica da citorredução associada à Quimioterapia Hipertérmica Intra-Peritoneal (HIPEC) pode ser uma alternativa para um seleto grupo de pacientes com CCR confinado à cavidade peritoneal e performance status adequado para um procedimento de grande porte. Cerca de 10% a 15% dos pacientes portadores de CCR apresentam envolvimento peritoneal ao diagnóstico. Dentre os submetidos a ressecções curativas, aproximadamente metade pode desenvolver recidiva peritoneal. Em apenas 10% a 35% das vezes, admite-se que a recidiva é limitada ao peritônio. Atualmente, o PET-CT é o exame de escolha para avaliação pré-operatória e exclusão de doença sistêmica extra-peritoneal, o que tornaria a indicação questionável, de maneira geral não recomendada. Por ser um método novo e agressivo, associado a taxas de morbidade e mortalidade significativas, alguns pontos devem ser ressaltados para sua indicação e realização: criteriosa seleção de pacientes; estrutura hospitalar adequada, incluindo central de quimioterapia e perfusor de solução aquecida; equipes treinadas clínico-cirúrgicas, de anestesia e de terapia intensiva.

Com a finalidade de avaliar a extensão da disseminação peritoneal e uniformizar as informações e indicações, deve-se estabelecer o índice de disseminação peritoneal (IDP) no início da cirurgia. O IDP é calculado de acordo com o tamanho (Quadro 1) e localização dos nódulos peritoneais. Para isso, a cavidade periotoneal é dividida em 13 regiões (9 quadrantes abdominais e segmentos de intestino delgado). A soma dos índices de tamanho das lesões (TLs) nas 13 regiões resulta no IDP.


Quadro 1. Determinação do IDP segundo o tamanho dos nódulos peritoneais.

Tamanho das Lesões (TL)
Conceito
TL0 - valor 0 Nenhum depósito de tumor visualizado
TL1 - valor 1 Nódulos < 0,5cm
TL2 - valor 2 Nódulos entre 0,5cm e 5,0cm
TL3 - valor 3 Nódulos > 5cm ou confluência de nódulos


O valor do IDP em relação ao prognóstico varia segundo a neoplasia em questão. Para pacientes com carcinomatose de origem colorretal e IDP de 11 a 20, submetidos a citorredução completa e HIPEC, a sobrevida em 5 anos pode chegar a 20%. Raramente, pacientes com IDP maior que 20 têm sobrevida maior que 5 anos. O índice de citorredução (ICC), juntamente com o IDP, representa importante fator prognóstico. Pacientes cujas ressecções não atingem classificação CC0 têm pior prognóstico. O Quadro 2 demonstra a classificação mais utilizada para o ICC.


Quadro 2. Classificação utilizada para quantificar o ICC para carcinomatose de origem gastrointestinal.

ICC
Conceito
CC0 Ausência de doença macroscópica após a citorredução
CC1 Doença residual < 2,5mm
CC2 Nódulos residuais entre 2,5mm e 25mm
CC3 Nódulos residuais > 25mm ou confluentes, em qualquer localização


A citorredução consiste na remoção de implantes peritoneais, incluindo a realização de peritoniectomias, setoriais ou ampla, e a ressecção de órgãos e/ou estruturas macroscopicamente comprometidos, quando necessário. Órgãos e/ou estruturas deverão fazer parte da ressecção, desde que não sejam vitais e que sua remoção permita a citorredução completa. Tecnicamente, a ressecção do peritônio a bisturi elétrico de ponta esférica facilita o procedimento. Nos casos onde a disseminação peritoneal macroscópica é localizada, a cirurgia citorredutora deve restringir-se apenas a estas áreas, já que o objetivo é conseguir citorredução CC0.
A HIPEC é uma modalidade de tratamento capaz de fornecer alta concentração de quimioterapia local com efeitos sistêmicos limitados. Deve ser realizada após citorredução CC0, por 90 minutos, com temperatura da solução a 41º C. O controle da perfusão e de sua temperatura deve ser rigoroso para evitar os efeitos da hipertermia além dos limites planejados. A principal droga utilizada é a Mitomicina C.Duas técnicas podem ser utilizadas para a HIPEC: aberta, também chamada de Coliseum, ou fechada. Os resultados com as duas técnicas são similares.

Saiba mais sobre o tratamento cirúrgico da carcinomatose peritonial lendo os artigos completos disponíveis abaixo:

1. Principles of the treatment of peritoneal carcinomatosis due to colorectal cancer. Current review and update (artigo em espanhol)

2. Peritonectomy and intraperitoneal hyperthermic perfusion (IPHP): a strategy that has confirmed its efficacy in patients with pseudomyxoma peritonei.

3. Intraperitoneal chemohyperthermia using a closed abdominal procedure and cytoreductive surgery for the treatment of peritoneal carcinomatosis: morbidity and mortality analysis of 216 consecutive procedures.

4. Review of personal experience in the management of carcinomatosis and sarcomatosis.

5. Second-look surgery in patients with peritoneal dissemination from appendiceal malignancy: analysis of prognostic factors in 98 patients.

Editorial
O nosso Portal

Este é o segundo número de nosso Portal. Tivemos uma grande satisfação em constatar a excelente receptividade ao primeiro número, o que nos estimulou bastante a prosseguir neste caminho. Acreditamos que podemos utilizar esta publicação como um importante instrumento de interação entre os colegas, e, em especial, para uma democratização do fluxo de informações entre nós. Este Portal de Coloproctologia não se destina a ser uma publicação "do ProctoSite", mas sim uma plataforma através da qual todos nós, independentemente de atuarmos em grandes centros universitários ou em hospitais comunitários de menor porte, poderemos apresentar nossa experiência através de imagens, videos ou textos. Como é adequado para a preservação do nível de qualidade, a publicação deste material deverá ser sempre aprovado pelo Conselho Editorial. Porém, as características deste Portal foram idealizadas exatamente no sentido de tornar mais fácil a publicação de contribuições "não-originais" e de leitura mais ágil e agradável, embora preservando os critérios de valor científico e possibilitando a extensão para textos mais profundos através de links. Já neste número, apresentamos uma interessante interação entre imagens e vídeo a partir de uma contribuição do colega Mauro Marchiori, de Campinas. Como ele, temos certeza de que a facilidade das câmeras digitais tenha produzido em todo o País um enorme acervo de alta qualidade. Esperamos sua participação!

Leia maisCasos & Imagens

Apresentamos aqui um interessante caso enviado pelo Dr.Mauro Marchiori, de Campinas, referente a uma paciente de 35 anos,puérpera de 120 dias, com quadro de anemia e sangramento retal persistente.

Leia maisVideo em debate
Retossigmoidectomia videolaparoscópica

A operação aqui realizada refere-se ao caso apresentado acima. Considerando o diagnóstico de GIST, o Dr.Mauro Marchiori realiza aqui uma retossigmoidectomia videolaparoscópica com realização de excisão total do mesorreto e anastomose colorretal bastante baixa.

Leia maisOverview of Colorectal Papers
Colite ulcerativa, constipação, hemorróidas, colonoscopia, doença diverticular

Na revisão trimestral aqui apresentada sobre estes temas algumas questões relevantes são discutidas como: - O que ocorre com a mucosa retal remanescente após as operações de bolsa ileal? - Enemas de 5-ASA contribuem para a manutenção da remissão na colite ulcerativa? - Doenças inflamatórias intestinais afetam prognóstico da gravidez? - Perfurações em colonoscopias:quando ocorrem e o que fazer? - Anopexia mecânica para o tratamento de hemorróidas: revisão sistemática a longo prazo e diversos estudos comparativos: já temos conclusões relevantes? - Tegaserode, macrogol, PEG, picossulfato de sódio e agora, lubiprostone: quais seus efeitos? - Há correlação entre a doença diverticular e neoplasias colorretais?

Leia maisTratamento da carcinomatose peritonial de origem colorretal pela cirurgia citorredutora
Benedito Mauro Rossi e Fabio de Oliveira Ferreira

A carcinomatose peritoneal secundária ao câncer colorretal (CCR) não deve ser interpretada sempre como doença sistêmica generalizada pois pode representar o primeiro passo da disseminação em pequena parte dos pacientes. A proposta terapêutica da citorredução associada à Quimioterapia Hipertérmica Intra-Peritoneal (HIPEC) pode ser uma alternativa para um seleto grupo de pacientes com CCR confinado à cavidade peritoneal e performance status adequado para um procedimento de grande porte.

Leia maisAgenda de Eventos

Confira aqui os eventos sobre Coloproctologia previstos para o segundo semestre deste ano.

Leia mais Espaço Publicitário

Assista aqui ao video on-line
"Liberação do ângulo esplênico"
Dr.Miguel Pedroso
Saiba mais em:
www.smoothsurgery.com


Papel dos agentes de preenchimento no tratamento da incontinência fecal
Lúcia Câmara Castro Oliveira

O tratamento da incontinência anal inclui uma variedade de medidas clínicas, procedimentos minimamente invasivos e diferentes opções cirúrgicas.A escolha da melhor opção terapêutica, baseia-se na gravidade do caso em questão. Atualmente, diferentes substâncias vêm sendo propostas como agentes de preenchimento e a variedade de técnicas e tipos de substâncias tem tornado difícil à comparação entre os resultados e até mesmo a escolha do agente mais eficaz.A possibilidade de oferecer esta nova opção minimamente invasiva para o tratamento da incontinência anal poderá modificar os protocolos de tratamento, deixando as opções cirúrgicas para casos de incontinência grave refratária aos demais tratamentos.

Leia maisVideo em debate
Mauro Pinho

A defecografia é um importante recurso a ser utilizado em caso de dúvida diagnóstica quanto à existência de uma retocele. Além disto, representa uma interessante ferramenta para a compreensão da fisiopatologia dos sintomas referidos pela paciente. Apresentamos aqui uma sequência de defecografias realizadas em três pacientes. Destacamos o último caso, no qual observamos a presença de uma retocele alta, persistente após realização prévia de uma perineoplastia.

Leia maisVideo em Debate
Sérgio Regadas

Mais recentemente, com os avanços dos estudos sobre os distúrbios do assoalho pélvico, a retocele tem sido compreendida dentro de um contexto mais amplo, sendo parte de um extenso processo de falência muscular perineal, estando frequentemente associada não apenas à incontinência urinária, mas também a distúrbios de defecação causados pela existência de disfunções anorretais como o prolapso de parede anterior do reto ou a procidência retal. Neste vídeo, Prof.Sérgio Regadas, de Fortaleza, nos apresenta sua técnica para a realização de reparo transanal da retocele e mucosectomia anterior, a qual busca corrigir não apenas os sintomas da retocele, mas também aqueles decorrentes da falência do assoalho pélvico como o prolapso de parede anterior do reto.

Leia mais56º Congresso Brasileiro de Coloproctologia
Renato e Márcia Pinho

Queridos colegas: Estamos chegando nos últimos dias de preparação de nosso Congresso e focando a nossa atenção nos detalhes finais. O programa científico foi preparado de forma que possamos atualizar os nossos conhecimentos com as experiências dos palestrantes nacionais e internacionais, interagindo nas discussões clínicas. O grande número de trabalhos já recebidos demonstra o interesse dos especialistas de todos os estados de nosso querido BRASIL, pelo nosso evento anual. Para os mais jovens, os 5 cursos pré-congresso apresentam boas opções de aprendizado e atualização. O programa social permitirá que possamos dividir momentos mágicos com todos os nossos amigos do coração, que por força das circunstâncias, revemos apenas uma vez a cada 365 dias. Os problemas no transporte aéreo por certo já estarão solucionados até o início de setembro e acredito no esforço de todos para que possamos trocar o abraço fraterno. Até breve!

Leia mais
© 2007 ProctoSite - Todos os direitos reservados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário