terça-feira, 24 de novembro de 2009

EDITORIAL - JORNAL VALEPARAIBANO - COLEGIADO REFÉM

Colegiado Refém


Delegar ao presidente da Câmara a tarefa de superar a crise do concurso não livra os demais vereadores

O presidente da Câmara de São José, Alexandre da Farmácia (PR), mantém a meta de se candidatar a prefeito em 2012 e pretende convencer o PSDB a abrir mão da prerrogativa de indicar o sucessor de Eduardo Cury. A estratégia de Alexandre é buscar uma vaga na Assembleia Legislativa no próximo ano e, assim, consolidar uma força política que pode referendar suas pretensões na disputa pelo Paço. Dentro desse mesmo plano, a conquista da presidência da Câmara foi articulada de maneira habilidosa com o objetivo de projetar uma imagem de bom administrador.

As pretensões de Alexandre são legítimas, mas a mesma presidência da Câmara que foi calculada como exemplo de gestão pública pode se tornar um dos principais obstáculos para o vereador. É inadmissível, por exemplo, que, em plena crise política provocada pela má organização do concurso público, o presidente da Câmara viaje e mande a comissão de servidores por ele mesmo nomeada silenciar sobre o assunto.

Coincidência ou não, o presidente da Câmara viajou no mesmo dia em que a Fundação Ibirapuera de Pesquisas entregou seu relatório sobre o processo seletivo. Ontem, a omissão da mesa diretora seguiu seu inabalável curso, com a assessoria do vereador limitando-se a informar que ele permanecia em local ignorado, em São Paulo, e não iria se manifestar sobre a questão do concurso.

Esta opção deliberada de dificultar o acesso à informação parece ser coisa do presidente, mas, como a Câmara é um colegiado, todos os vereadores podem ser cobrados pelo menosprezo demonstrado nos últimos dias em relação aos milhares de eleitores que aguardam, ansiosos, um posicionamento definitivo do Legislativo sobre as falhas no concurso.

Felizmente, o Ministério Público decidiu não esperar pelas conclusões da mesa diretora da Câmara ou da comissão de servidores criada para analisar o concurso. Ontem mesmo, em ofício ao Legislativo, a Promotoria recomendou que a prova para a seleção de assitentes volte a ser aplicada para todos os 14 mil candidatos, sob pena de nulidade de todo o processo.

Se os integrantes da mesa diretora do Legislativo quiserem salvar sua reputação política, devem acatar imediatamente as recomendações do MP. Se a opção for por novas delongas, obedecendo fielmente a tática de esperar a "poeira assentar" e sempre na expectativa de que a população se esqueça do "caos" das provas na Univap, todos os vereadores terão seus nomes associados ao desastroso processo seletivo montado pela FIP em São José. E, depois disso, pouco vai adiantar promover reuniões de emergência com a mesa diretora para buscar medidas conciliatórias, que possam eventualmente atenuar a percepção de inépcia indelevelmente associada ao comando do Legislativo.

COMENTÁRIO:-

Senhores, é este " político " que atualmente está no comando da presidência da Câmara Municipal de S. José dos Campos/SP e que tem a pretensão de tornar-se deputado e posteriormente Prefeito?
Agindo desta maneira, como uma avestruz?
Este "concurso" foi um dos maiores "micos" que um político poderia passar, pois este senhor, acreditava que seria a catapulta para um vitorioso futuro político e agora vê-se em uma verdadeira saia justa e com receios, sim com receios, escondeu-se em L.I.N.S. conhecido no jargão jurídico como Lugar Incerto e Não Sabido, mas é claro que os seus "assessores" sabem, mas não querem ou não podem dizer.
São José dos Campos, merece coisa melhor!
ARVÃO

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