sábado, 27 de fevereiro de 2010

OS NOSSOS GOVERNANTES E OS DÊLES... O POVO QUE SE EXPLODA!!!

Economia

Um tour empresarial pela Castrolândia
O governo levou uma comitiva de empresários a Havana, mas a cooperação econômica foi menos vista do que a imensa alegria dos petistas em encontrar dois ditadores

Denize Bacoccina



Lula fotografa um sorridente ministro Franklin Martins, ao lado do combalido Fidel (com o casaco da nike) e de Raúl Castro

Repare bem na foto. O sujeito combalido e barbudo, com blusão da Nike, um dos ícones do capitalismo americano, é o ditador cubano Fidel Castro. Ao lado dele, de óculos, vê-se o irmão de Fidel, Raúl Castro, que toca o dia a dia na ilha, com a mesma repressão. De preto, um segurança. E, no centro, de guayabera azul, feliz e sorridente como há muito não se via, o ministro de Comunicação, Franklin Martins. Clicando a máquina fotográfica, ninguém menos que o presidente Lula, também vestindo uma guayabera. Estamos na Castrolândia, a ilha de fantasia idealizada pelos visitantes ilustres de Cuba, alheios ao que acontece no país real. São dois mundos distintos. No mundo da fantasia dos Castro, os amigos são recebidos com pompa e conversam sobre política e fingem que estão melhorando o mundo em meio a baforadas dos melhores charutos, como os Cohiba Lanceros.

No mundo real, os cubanos passam fome e são presos quando reclamam do governo. Desta vez, para deixar ainda mais claro o contraste entre os dois mundos, um preso político morreu na prisão durante a visita presidencial. Orlando Zapata, prisioneiro de consciência, de acordo com a Anistia Internacional, morreu depois de 85 dias de greve de fome. Sua mãe disse que ele foi torturado durante os sete anos de prisão. Raúl, quando viu os jornalistas brasileiros, disse que já sabia o que eles queriam e foi logo dizendo que Zapata tinha morrido, "lamentavelmente". Já o presidente Lula culpou o próprio dissidente pela morte e disse que os opositores "não protocolaram a carta" com o pedido de audiência. "Lamento profundamente que alguém se deixe morrer por uma greve de fome", criticou, sem comentar os motivos da prisão de dissidentes. "Há problemas de direitos humanos no mundo inteiro", afirmou o assessor para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, que não se preocupou em condenar os de Cuba.

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