sábado, 27 de fevereiro de 2010

O MEDO E A MORTE RECEPCIONARM LULA NO DESEMBARQUE EM HAVANA

Cuba libre. Vivere e scrivere all’Avana (Editorial Rizzoli)



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De Cuba, Com Carinho (Editorial Contexto)

Augusto Nunes
Revista VEJA
O medo e a morte recepcionaram Lula no desembarque em Havana
24 de fevereiro de 2010

Há três dias, uma carta endereçada ao Palácio do Planalto informou que a viagem do presidente Lula a Havana seria menos tranquila que as anteriores. “Ao sabermos de sua próxima visita a Cuba”, diz um trecho do texto subscrito por 42 presos políticos, “solicitamos que, durante as conversações que manterá com representantes do primeiro escalão do governo cubano, fale de nossa situação e advogue a favor de nossa libertação”.

Nesta terça-feira, a morte tornou ainda mais sombria a mensagem do medo. Preso desde 2003, Orlando Zapata Tamayo não resistiu ao 85° dia de greve de fome. O vídeo gravado pela blogueira cubana Yoani Sánchez e divulgado no blog Generación Y registra o depoimento da mãe de Zapata minutos depois de saber que a tragédia batera à sua porta.

Desta vez, Lula terá que optar entre os laços de amizade que o ligam a Fidel Castro e o apreço que jura devotar aos direitos humanos. Raul Castro responsabilizou pelo episódio o governo americano. Quem vê as coisas como as coisas são entende que a ditadura castrista ampliou a colossal coleção de brutalidades. Lula terá de escolher entre os carrascos e a vítima. Não há uma terceira opção.

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