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Caixa teme que apostas na Mega-Sena diminuam

qui, 25/02/10
por Redação Época

Por conta da polêmica no Rio Grande do Sul, onde apostadores que haviam comprado bilhetes premiados do bolão de uma lotérica não viram a cor do dinheiro porque os jogos não foram registrados, a Caixa Econômica Federal acompanhará com atenção o volume de apostas na Mega-Sena.

O banco teme que o episódio da cidade de Novo Hamburgo diminua a quantidade de apostas nos próximos concursos. A Caixa não consegue mensurar a participação dos bolões no total de apostas, mas sabe que responde por importante fatia delas. As lotéricas estão proibidas de promover bolões e devem afixar cartazes com o objetivo de informar aos apostadores que o único documento aceito pela Caixa como prova da aposta é o comprovante emitido pela lotérica.

A lotérica na cidade gaúcha está com suas atividades suspensas até apresentar sua defesa. O advogado Marcelo De La Torre Dias, representante da Esquina da Sorte, disse que 35 das 40 cotas do bolão foram comercializadas. Uma das outras cinco foi adquirida por uma funcionária e as outras quatro ficaram com o proprietário da lotérica. Isso, para o advogado, é prova de que ninguém agiu de má-fé, já que o dono do estabelecimento também estaria milionário.

Em depoimento hoje à tarde, uma funcionária da lotérica afirmou que esqueceu de registrar o bolão que seria ganhador do prêmio. O depoimento durou cerca de três horas depois. O delegado Clovis Nei da Silva, da 2º delegacia de Polícia da cidade, disse que pretende ouvir outros funcionários da lotérica e mais algumas das vítimas.

Um vídeo com imagens da lotérica mostram uma moça no interior de uma sala que supostamente seria de a lotérica envolvida. No vídeo, ela coloca as mãos na cabeça após olhar para o interior de uma gaveta, por volta das 21 horas do sábado, pouco tempo depois do sorteio da Mega-Sena.

(Redação Época com Agência Estado)