domingo, 5 de dezembro de 2010

SEGRÊDO REVELADO: BRASIL QUER FABRICAR RAFALES

WikiLeaks: Brasil queria comprar e fabricar Rafales
Jornal francês aponta que Brasil queria exportar caças para outros países da Amrérica Latina
05 de dezembro de 2010 | 12h 44

NICK VINOCUR - REUTERS

O Brasil procurou comprar os caças franceses Rafale e adquirir a tecnologia para fabricá-los em seu solo para exportação a outros países sul-americanos até 2030, relatou o diário francês Le Monde neste domingo, citando despachos norte-americanos vazados.

O Brasil vem negociando com a França, os EUA e a Suécia um acordo de compra de caças de combate para renovar sua frota antiga e reforçar a vigilância dos ativos estratégicos do país.

O acordo proposto, envolvendo mais de 100 aeronaves com valor potencial de 4 bilhões de dólares, desencadeou uma competição acirrada entre os fabricantes dos três países. Os despachos citados pelo Le Monde indicam que Paris mantém conversas avançadas com Brasília sobre uma venda iminente.

"Não somente o Brasil quer comprar o Rafale, mas também produzir a aeronave em seu solo e até mesmo vendê-la na América do Sul até 2030", teria dito um diplomata norte-americano em novembro de 2009 segundo o jornal francês.

O Le Monde é um dos cinco jornais que têm acesso adiantado a alguns dos 250 mil despachos diplomáticos dos EUA vazados pelo site WikiLeaks. Os despachos revelam conversas francas entre diplomatas norte-americanos e Washington sobre líderes estrangeiros.

O presidente Nicolas Sarkozy procurou tranquilizar seu colega brasileiro sobre o preço da aeronave --80 milhões de dólares cada-- dizendo a Lula que a França transferirá a tecnologia do Rafale para o Brasil, de acordo com o Le Monde.

Autoridades francesas têm repetido que um acordo com o Brasil está próximo, mas nada foi assinado. A Dassault Aviation não foi encontrada para comentar a reportagem do jornal.

Em janeiro, um membro do gabinete brasileiro disse que o presidente Lula queria que o Brasil escolhesse o Rafale, mas por um preço menor do que a França pede. A Força Aérea declarou em julho que planeja comprar 28 aviões militares da brasileira Embraer.



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