sábado, 28 de agosto de 2010

LAURO MOURA CATARINO, O PERIGOSO!!!

Brasil

28/08/2010 - 11:57



Rio de Janeiro
Juiz militar é preso com mais dez pessoas por roubo de cabos telefônicos
Capitão lotado na Auditoria Militar acaba de julgar os PMs acusados de corrupção no caso do atropelamento do filho de Cissa Guimarães

Havia os mentores, que eram os oficiais, e a parte técnica, que sabia exatamente que fios cortar. Os fios ativos não eram cortados, porque causariam uma pane geral

O capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro Lauro Moura Catarino foi preso na madrugada da sexta-feira 27. Motivo: ele e outro oficial da PM davam cobertura a um grupo de dez nove pessoas que furtava cabos de telefonia da operadora Oi, na Praia de Botafogo, na zona Sul. Isoladamente, este já seria um fato escandaloso. Mas o capitão Catarino é também juiz militar, e na quinta-feira julgou os policiais acusados de corrupção no caso do atropelamento do filho da atriz Cissa Guimarães. A quadrilha agia há oito meses nos bairros de Botafogo, Flamengo e Centro. Além de Catarino e do capitão Marcelo Queiroz dos Anjos, comandante do Batalhão Militar de Botafogo, faziam parte do bando dois ex-PMs, que haviam sido expulsos da corporação por terem cometido outros delitos, e funcionários da empresa telefônica. Eles faturavam, por mês, cerca de 300 mil reais. Os oficiais traçavam as estratégias do crime e davam suporte à ação do grupo.

O titular da delegacia responsável pelas investigações que levaram à prisão, Alan Luxardo, disse a VEJa.com que a quadrilha era a maior do estado em furto de cabos. “Era muito bem estruturada. Havia os mentores, que eram os oficiais, e a parte técnica, que sabia exatamente que fios cortar. Os fios ativos não eram cortados, porque causariam uma pane geral no sistema. Por isso, cortavam os inativos”. Os crimes aconteciam quase todos os dias, e cada ação rendia 10 000 reais ao grupo. Durante as investigações, que duraram dois meses, os agentes sabiam do envolvimento de dois policiais militares, mas não tinham conhecimento de que um deles era lotado na Auditoria Militar.

A juíza da Auditoria Militar, Ana Paula Barros, determinou o afastamento de Catarino do Conselho Permanente de Justiça Militar. Ou seja, o acusado não poderá auxiliar no julgamento de policiais denunciados por desvio de conduta. O comandante-geral da PM do Rio, coronel Mário Sérgio Duarte, abriu um procedimento disciplinar para expulsar os dois policiais. Eles serão autuados por furto e formação de quadrilha, podendo pegar uma pena de até sete anos de prisão. Como foram acusados de furtar bens de uma empresa privada, o caso será julgado pela justiça comum.

Os presos se opuseram a prestar depoimento e só falarão em juízo. O comandante Mário Sérgio garantiu que não vai esperar o resultado das investigações da Polícia Civil para tomar providências e ordenou prioridade para o caso. Em nota, o coronel da PM diz que os fatos “apresentam robustez suficiente para a convicção de que os oficiais estão diretamente envolvidos neste crime”. No mesmo documento, o oficial afirma ser “inadmissível que policiais pagos com dinheiro público para proteger a população e bens privados e públicos se envolvam em atos como os descritos”. A Oi disse em nota que vai colaborar com as investigações da polícia e acompanhará o caso até o final.
Tags: caso rafael mascarenhas, corrupção, lauro moura catarino, polícia militar, rio de janeiro.

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