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São José: Justiça realiza a reintegração de posse no Santa Júlia
Área foi invadida no começo do mês de agosto
Atualizada às 12:03

A Justiça cumpriu na manhã desta terça-feira (24) o pedido de reintegração de posse no residencial Santa Júlia, em São José dos Campos. Mais de 140 famílias tiveram que deixar as casas invadidas no começo do mês. Entre esses moradores há quem já pagou pelo imóvel.



Crédito: Reprodução / Rede Vanguarda O residencial Santa Júlia foi cercado pela Polícia Militar. A Força Tática bloqueou as ruas. A entrada de pessoas foi controlada durante a operação. Os invasores tentaram se reunir mas foram orientados a voltar para as casas para que a reintegração de posse fosse cumprida.

Cinco oficiais de Justiça trabalham no local. Primeiro, eles pedem para que os invasores saiam pacificamente das casas. Depois, fazem uma vistoria no imóvel para ver em que condições ele está sendo deixado. E, por último, uma lista com todos os objetos que são levados. Esse trabalho se repete em 142 casas invadidas.

"Se houver desobediência à ordem judicial, ou ainda desacato e resistência, as pessoas são presas e conduzidas à delegacia", explica o Capitão Luiz Félix, da Polícia Militar.

Não houve resistência. Os invasores estavam aqui desde o início do mês. Eles arrombaram as portas e tomaram posse das casas que já tem dono, mas que estavam fechadas por pendências em financiamentos.



Crédito: Reprodução / Rede Vanguarda O pedido de reintegração de posse foi feito pela construtora Tenda. Ela trouxe caminhões para levar os pertences dos invasores. Silvana de Jesus juntou o que tinha, mas ainda não tem rumo certo.

“Falaram para nós que as casas estavam abandonadas, mas tinha dono e a gente não sabia. Eu entreguei a casa que alugava e agora não sei”, afirma.

O caso de Luciana Correa é diferente. Ela assinou o termo de compra da casa, mas também foi retirada do imóvel, por entrar antes da hora.

“Eu fui na Tenda, mandaram eu entrar na casa, alegando que é melhor um dono entrar do que um invasor. Estou com todos os documentos e fui expulsa da casa como se fosse um cachorro, como se fosse uma bandida”, reclama.



Crédito: Reprodução / Rede Vanguarda Ela não é a única compradora expulsa de casa. A Defensoria Pública negocia com a construtora para resolver a situação.

“Estamos tentando a permanência dos moradores, enquanto negociamos com a Tenda para que eles fiquem nas casas. Caso isso não aconteça, vamos tomar medidas judiciais para garantir a permanência e ressarcimento dos prejuízos”, explica o defensor público Jairo Salvador.


A construtora Tenda diz que não orientou nenhum morador a entrar nas casas antes de receber as chaves. Diante da situação, a empresa informou que dará autorização provisória para essas famílias permanecerem no local até que a situação seja resolvida com a Caixa Econômica Federal.

OBS:- ENQUANTO OCORRE ESTA REINTEGRAÇÃO, A CONSTRUTORA TENDA AGE DE MÁ FÉ NÃO DEVOLVENDO INTEGRALMENTE OS VALORES PAGOS POR CLIENTES LUDIBRIADOS QUE ADQUIRIRAM APARTAMENTOS ( FOTO ACIMA ) QUE ESTÃO PARADOS E COM ATRASO DE VÁRIOS MESES NA CONSTRUÇÃO, NA REGIÃO NORTE DE S. JOSÉ DOS CAMPOS/SP, VILA PAIVA - SANTANA.

( BLOG DO ARVÃO)