sábado, 31 de julho de 2010

LEIA NA REVISTA VEJA - A FARSA MACABRA...


Internacional

30/07/2010 - 21:30

Japão
A farsa macabra do homem mais velho de Tóquio
Família manteve homem mumificado, em segredo, por conta de pensão



Casa onde o corpo mumificado de Sogen Kato foi encontrado
O japonês Sogen Kato, considerado o homem mais velho de Tóquio, foi encontrado mumificado em sua casa. Segundo informações da rede BBC, seu corpo foi descoberto por oficiais do fundo de pensão que foram parabenizá-lo pelo aniversário de 111 anos. As suspeitas começaram na semana passada, quando oficiais do governo japonês não conseguiram contatar Sogen Kato. “Meu avô está bem, mas ele se recusa a receber qualquer pessoa”, disse a neta de Kato, de 53 anos às autoridades. Impedidos de homenageá-lo, e precisando atualizar o cadastro de pessoas centenárias do país, os oficiais recorreram à polícia.

Quando finalmente conseguiram entrar na residência da família, na última quarta-feira, os funcionários do governo encontraram o corpo de Kato estendido na cama. Ele estava vestido com um pijama e envolto e um cobertor. Sua filha e netos disseram não saber que o idoso havia morrido. “Meu avô era um homem muito assustador. Nós não podíamos abrir a porta”, disse a neta à polícia, de acordo com o jornal Japan Today. As autoridades, no entanto, estimaram que o corpo esteja mumificado há 30 anos.

Voto religioso – A família de Sogen Kato alegou que ele próprio teria se confinado no quarto há três décadas para se tornar uma espécie de “Buda em vida”. As autópsias realizadas até o momento ainda não revelaram as causas de sua morte. Um jornal de novembro de 1978, encontrado ao lado do corpo, sugere que Kato possa ter morrido perto dessa data. O japonês nasceu em 22 de julho de 1899.

Golpe – Os parentes de Kato estão sendo investigados por fraude de pensão. As autoridades tentam descobrir se a família manteve em segredo a morte de Kato para continuar a receber a pensão de viuvez que ele tinha direito desde, quando sua mulher faleceu, aos 101 anos. A família teria recebido 110.000 dólares - dos quais 31.000 dólares foram retirados da conta do avô no começo de julho.

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