sexta-feira, 30 de julho de 2010

ACREDITEM!!! CASA BRANCA IMPLORA AO SITE WikiLeaks PARA CESSAR VAZAMENTO DE DADOS SECRETOS



30/07/2010 - 12h33
Casa Branca implora a site WikiLeaks para cessar vazamento de dados secretos


DE SÃO PAULO
DA ASSOCIATED PRESS, EM WASHINGTON

Após anunciar que mais informações sobre a guerra no Afeganistão podem ser divulgadas, o site WikiLeaks recebeu um apelo da Casa Branca nesta sexta-feira para que interrompa o vazamento de dados secretos.

Autoridades da administração do presidente Barack Obama disseram que a investigação sobre o vazamento de milhares de documentos confidenciais vai além dos militares americanos. De acordo com o porta-voz da Casa Branca Robert Gibbs a divulgação destas informações colocam em risco a segurança nacional e as vidas de informantes afegãos e membros do Exército dos Estados Unidos.

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Gibbs comentou ainda as potenciais ações do governo para impedir que mais dados secretos sejam vazados pelo site WikiLeaks. "Não podemos fazer nada além de implorar à pessoa que detém estes documentos confidenciais para que não os divulgue", disse.

Em entrevista ao programa Today, da emissora de televisão NBC, Gibbs afirmou que "é importante que não haja mais danos à segurança nacional".

JULIAN ASSANGE

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse em entrevista à emissora estatal de TV da Austrália na quinta-feira que o site contatou a Casa Branca -- por meio do jornal "New York Times" -- e ofereceu permitir que autoridades do governo tivessem acesso aos documentos antes de divulgá-lo, para ter certeza de que pessoas inocentes não fossem identificadas.

Assange disse que a Casa Branca não respondeu ao contato e negou as afirmações do governo americano de que pessoas inocentes ou informantes estivessem correndo perigo após o vazamento dos dados secretos. "Ainda não houve evidências claras disso", afirmou.

INVESTIGAÇÃO

O inquérito instalado pelo Pentágono tem se focado em Bradley Manning, 22, um especialista em inteligência do Exército americano que já foi condenado anteriormente por ter vazado vídeos ao site WikiLeaks.

O militar americano é o principal suspeito do vazamento de mais de 91 mil páginas de documentos secretos da guerra do Afeganistão ao site WikiLeaks, foi transferido de uma prisão militar no Kuait para a base da Marinha em Quântico, nos Estados Unidos.

Manning, de 22 anos, serviu como analista de inteligência no Iraque. Ele já havia sido detido em maio passado, suspeito de ter transmitido ao Wikileaks um vídeo que mostra o ataque de um helicóptero do Exército americano no Iraque. O ataque causou, em 2007, a morte de dois funcionários da agência de notícias Reuters e de várias outras pessoas, em Bagdá.

Ele foi acusado em junho passado de oito violações ao Código Criminal dos EUA por transferir ilegalmente informações classificadas. Agora, é o principal suspeito de um novo vazamento de documentos militares ao WikiLeaks, que causou reação internacional ao revelar detalhes cruéis da rotina da guerra --como assassinato de civis encobertos e esquadrões que matam talebans sem julgamento.

TRIBUNAL MILITAR

O militar, afirma a rede de TV americana CNN, permanecerá em confinamento na base da Marinha até que a investigação do Pentágono determine se ele deve enfrentar um tribunal militar pelas acusações. Como seu julgamento não foi determinado, ele ainda não entrou com declaração de inocência ou culpa.

Segundo o Pentágono, Manning teria acessado um sistema mundial militar dos Estados Unidos, com acesso restrito via internet, Secret Internet Protocol Router Network (SIPRNET), e baixado dezenas de milhares de documentos.

Para poder ter acesso a este sistema, o pessoal autorizado precisa de senhas, além de passar por outras medidas de controle, como o acesso físico, para conectar-se a sistemas específicos que fornecem informação classificada nos mais altos níveis. Ele teria este acesso devido a seu cargo de analista de inteligência.

A investigação oficial do Pentágono foi aberta na terça-feira (27) e entregue aos cuidados da mesma Divisão Criminal encarregada do dossiê de Manning no caso Iraque. Seu nome já havia sido citado por funcionários do Pentágono como 'pessoa de interesse' no novo caso de vazamento.

Wikileaks

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Wikileaks
Wikileaks logo.svg
Cadastro Público
Gênero MediaWiki
Idiomas Árabe, Alemão, Espanhol, Francês, Inglês, Japonês, Coreano, Norueguês, Português, Russo, Turco, Ucraniano
Lançamento Dezembro de 2006
URL www.wikileaks.org
Portal Tecnologias da informação

WikiLeaks é uma organização internacional sem fins lucrativos, sediada na Suécia,[1] que publica, em seu site, posts de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos sensíveis.

O site é baseado em vários pacotes de software, incluindo MediaWiki, Freenet, Tor e PGP.[2]

Wikileaks recomenda vivamente a postagem via Tor, visando preservar a privacidade dos seus usuários.[3]O Wikileaks afirma que a informação colocada pelos usuários não é rastreável. O site, administrado por The Sunshine Press[4], foi lançado em Dezembro de 2006 e, em meados de Novembro de 2007, já continha 1.2 milhões de documentos. [5]

No seu site, a organização informa ter sido fundada por dissidentes chineses, jornalistas, matemáticos e tecnólogos dos Estados Unidos, Taiwan, Europa, Austrália e África do Sul.[6] [7] Seu diretor é o australiano Julian Assange, jornalista e ativista da Internet.[8]

Wikileaks recebeu vários prêmios para novas mídias, incluindo o New Media Award 2008 da revista The Economist,[9] e, em junho de 2009, a Wikileaks e Julian Assange ganharam o Media Award 2009 (categoria "New Media"), da Anistia Internacional pela publicação de Kenya: The Cry of Blood - Extra Judicial Killings and Disappearances, em 2008 [10] a report by the Kenyan National Commission on Human Rights about police killings in Kenya.[11] Em maio de 2010 foi referida como a número 1 entre os "websites que poderiam mudar completamente o formato das notícias".[12]
Índice
[esconder]

* 1 História
* 2 Pessoal e fundos
* 3 Documentos secretos da invasão do Afeganistão
* 4 Ver também
* 5 Referências
* 6 Ligações externas

[editar] História

O projecto foi mantido em segredo até Janeiro de 2007, altura em que Steven Aftergood, editor do Secrecy News veio a público apresentar o site.[13] Entre os organizadores contam-se dissidentes do governo Chinês[14].

Os organizadores afirmam que o Wikileaks constitui uma entidade auto-regulada. Citando: "Wikileaks irá providenciar um fórum onde a comunidade global poderá examinar qualquer documento testando a sua credibilidade, plausibilidade, veracidade ou falsidade." [carece de fontes?]

Em abril de 2010, o site publicou um vídeo mostrando um helicóptero Apache dos Estados Unidos, no contexto da ocupação do Iraque, matando pelo menos 12 pessoas - dentre as quais, dois jornalistas da agência de notícias Reuters - durante um ataque a Bagdá, em 2007. O vídeo (Collateral Murder) é uma das mais notáveis publicações do site.[15][16]Outro documento polêmico mostrado pelo site foi uma cópia de um manual de instruções para tratamento de prisioneiros na prisão militar norte-americana de Guantánamo, em Cuba.[17]
[editar] Pessoal e fundos

De acordo com uma entrevista de Janeiro de 2010, a equipa do Wikileaks é constituída por cinco pessoas a trabalhar em regime de horário completo e de cerca de 800 pessoas que trabalham ocasionalmente, sem qualquer pagamento. O Wikileaks não possuí sede oficial. As despesas por ano são de cerca de 200000 dólares, principalmente empregues em servidores e burocracia, mas atingiria os 600000 dólares se o trabalho doado pelos voluntários fosse remunerado. A Wikileaks não paga despesas judiciais, centenas de milhares de dólares são doados para cobrir estes custos por organizações de média, tais como a Associated Press, o Los Angeles Times e a National Newspaper Publishers Association. As suas únicas fontes de rendimentos são as doações, mas a Wikileaks planeia criar um modelo de leilão, onde será vendido o acesso precoce a documentos confidenciais. Segundo a fundação Wau Holland, a Wikileaks não recebe dinheiro para custos com pessoal, mas sim para hardware, viagens e largura de banda.
[editar] Documentos secretos da invasão do Afeganistão
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Este artigo ou seção é sobre um evento atual.
A informação apresentada pode mudar rapidamente. Editado pela última vez em 28 de julho de 2010.

As atividades de Wikileaks tiveram enorme repercussão mundial após a divulgação de uma grande massa de documentos secretos do exército dos Estados Unidos, reportando a morte de milhares de civis no Afeganistão, por militares norte-americanos. Julian Assange, o fundador do Wikileaks, vazou (leak: vazar, em inglês, isto é, tornar pública uma informação que na opinião de seus mantenedores não deveria ser divulgada) parte dos quase 92 mil documentos para The New York Times, The Guardian e Der Spiegel e depois os publicou na Internet. Os relatórios abrangem o período de janeiro de 2004 a dezembro de 2009.[18][19][20]

Julian Assange defendeu a confiabilidade do material vazado sobre o conflito e disse que os documentos contêm evidências de que crimes de guerra foram cometidos pelas tropas de diversas nacionalidades, em especial as forças estadunidenses, durante a ocupação militar do Afeganistão.[21]
[editar] Ver também

* MediaWiki
* Free Software Foundation
* Electronic Frontier Foundation
* Efeito Streisand
* Liberdade de expressão


Referências

1. ↑ Haddow, Douglas. "Grim truths of Wikileaks Iraq video", The Guardian, 7 de abril de 2010.
2. ↑ Is Wikileaks accessible across the globe or do oppressive regimes in certain countries block the site?. Wikileaks (2008).
3. ↑ On the risks of serving whenever you surf (pdf). freehaven.net.
4. ↑ Fundraising drive
5. ↑ Wikileaks has 1.2 million documents?. About Wikileaks.
6. ↑ Who is behind Wikileaks? About Wikileaks.
7. ↑ Advisory Board
8. ↑ McGreal, Chris. Wikileaks reveals video showing US air crew shooting down Iraqi civilians, The Guardian, 5 de abril de 2010.
9. ↑ Winners of Index on Censorship Freedom of Expression Award Announced 22 de abril de 2008.
10. ↑ Kenya: The Cry of Blood - Extra Judicial Killings and Disappearances, Sep 2008 Wikileaks.
11. ↑ Amnesty announces Media Awards 2009 winners Amnesty.org.uk, 2 de junho de 2009
12. ↑ 5 Innovative Websites That Could Reshape the News
13. ↑ Steven Aftergood "Wikileaks and untracable document disclosure"
14. ↑ Elizabeth Williamson "Freedom of Information, the Wiki Way: Site to Allow Anonymous Posts of Government Documents", Washington Post, 15 de Janeiro de 2007.
15. ↑ 5 pioneering Web sites that could totally change the news, por Paulina Reso. Daily News 20 de maio de 2010.
16. ↑ Current Google Insights trends: Wikileaks posts clasified military video The Independent, 12 de abril de 2010.
17. ↑ Wikileaks diz já ter vazado mais de um milhão de documentos. O Globo / BBC, 26 de julho de 2010.
18. ↑ Afghan War Diary, 2004-2010. 25 de julho de 2010
19. ↑ Vazamento eleva pressão sobre estratégia de Obama no Afeganistão. Estadão, 26 de julho de 2010.
20. ↑ Quedan al descubierto muertes de civiles en Afganistán, la debilidad de la OTAN y el doble juego de Pakistán. El País, 26 de julho de 2010.
21. ↑ Wikileaks diz que documentos denunciam crimes de guerra no Afeganistão. Estadão, 26 de julho de 2010.

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