quinta-feira, 4 de março de 2010

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Nos jornais: Lula deve se licenciar para ajudar Dilma; Sarney assume



O Globo


Lula deve se licenciar para ajudar Dilma; Sarney assume

O presidente Lula pretende se licenciar do cargo, nos meses de agosto e setembro, para participar ativamente da campanha de Dilma Rousseff. Com a licença, o presidente Lula quer evitar problemas com a Justiça Eleitoral e se dedicar integralmente à tarefa de eleger seu sucessor. O período e o afastamento vão ser ditados pela necessidade política. Com isso, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que não disputa as eleições, voltará temporariamente à Presidência da República.

Serra convida e Aécio diz 'não'

Ogovernador tucano de Minas, Aécio Neves, foi convidado pelo governador José Serra e recusou ser vice na chapa presidencial encabeçada pelo colega paulista. O encontro dos dois, mantido em sigilo, ocorreu na madrugada de ontem, num hotel de Brasília, e suas consequências foram sentidas na sessão solene de ontem, no Congresso, em homenagem ao centenário de nascimento do ex-presidente Tancredo Neves. O PSDB pretendia transformar a sessão de ontem num evento político para afastar qualquer dúvida sobre a candidatura presidencial de Serra, mas acabou surtindo um efeito contrário ao expor o racha enfrentado pelo partido nos bastidores.

Defesa da gestão do PSDB

Mesmo sem o acordo para a chapa presidencial, os governadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) se uniram ontem, nos discursos em homenagem ao centenário de Tancredo Neves, para defender os governos do PSDB e ressaltar que foi essa herança que proporcionou ao presidente Lula obter a aprovação que tem hoje. Serra citou o PT e tentou passar uma postura de candidato em seu discurso, que centrou muito mais no quadro histórico e político do Brasil nos 25 anos pós-redemocratização. Aécio frisou o espírito conciliador do avô.

Serra: Nunca descartei ser candidato

Depois de meses se recusando a falar de candidatura, o governador José Serra admitiu ontem a possibilidade de ser candidato à Presidência da República pelo PSDB. Depois de chegar de Brasília, ao inaugurar a ala de um hospital de Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, Serra afirmou:

- Nunca afastei a possibilidade de vir a ser candidato. Isso continua. Existe sim. Em relação a Aécio, não é o que está sendo debatido, apesar de toda a cobertura da imprensa - disse Serra em relação à chapa puro-sangue, com Aécio Neves.

Para Lula, Dilma subirá mais nas pesquisas quando deixar governo

Na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, irá crescer ainda mais na preferência do eleitorado depois que deixar o governo, em 2 de abril, e passar a percorrer o país, o que a tornará mais conhecida. A coordenação da campanha de Dilma prepara uma agenda de viagens para a candidata nos moldes da Caravana da Cidadania, quando Lula percorreu todo o interior do país para se tornar conhecido. As primeiras viagens de Dilma, quando deixar o governo e não tiver mais o palanque oficial, devem começar por Minas Gerais e Nordeste.

Ciro diz não aceitar 'papel subalterno'

O deputado federal Ciro Gomes (PSB), pré-candidato do PSB à Presidência, bombardeou ontem a articulação do PT e do presidente Lula para que seja o candidato da base ao governo de São Paulo, e assim se contrapor ao projeto tucano no estado. Ele disse que a radicalização da disputa do PT com o PSDB contaminou e amesquinhou a política nacional, e que não se prestará a ser candidato em São Paulo para bater no governador José Serra, principal adversário da pré-candidata petista, Dilma Rousseff. Ciro disse que, se depender dele, será candidato a presidente.

Lula: 'Agora digam de onde virá o dinheiro'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo partido foi contra a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal no governo Fernando Henrique, cobrou ontem do PSDB que aponte uma fonte de recursos para pôr em prática o projeto do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). A proposta do tucano prevê aumento do benefício do Bolsa Família para famílias cujas crianças tenham um bom desempenho escolar. O projeto foi aprovado anteontem, em caráter terminativo, na Comissão de Educação do Senado, e agora vai ser discutido na Câmara. Lula provocou a oposição dizendo que, se todo o mal que ela quiser causar ao seu governo redundar em mais benefícios sociais, ele estará feliz. E voltou a responsabilizar os opositores por não aprovarem a prorrogação da CPMF para a saúde.

Na internet, governo lança 'google brasileiro'

O governo federal lançou ontem um portal na internet no qual pretende disponibilizar 500 serviços aos cidadãos, além de divulgar suas realizações e promover o país no exterior. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apelidou a nova ferramenta de "google brasileiro". Num primeiro momento, no entanto, nem todos os serviços estão disponíveis. A ideia é atingir a meta até o fim do ano. Para o projeto, o governo gastou R$11 milhões e a empresa contratada foi o grupo TV1. Ontem, houve problemas de acesso ao portal. Na primeira etapa, o portal tem 12 áreas: cidadania, saúde, educação, ciência e tecnologia, Brasil, cultura, economia, esporte, geografia, história, meio ambiente e turismo. Esses conteúdos serão dirigidos a trabalhadores, estudantes, empreendedores e imprensa. Mais adiante, o objetivo é aumentar o público.

Ficha pública de candidatos divide políticos

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de obrigar o candidato a informar se é alvo de processos judiciais, com sua ficha sendo exposta na página do tribunal na internet, foi recebida com elogios, mas também preocupações e ressalvas pelos políticos. A maioria consultada disse que a transparência é positiva; porém, alguns consideram que as informações poderão ser usadas para prejudicar os candidatos. Há ainda uma preocupação de que a decisão do TSE inviabilize a votação do projeto da chamada "ficha limpa". Um dos responsáveis pela lei eleitoral aprovada no ano passado, o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) disse que o TSE apenas consolidou e aperfeiçoou o que a legislação previa. Mas, para ele, poderia ser acrescentado na resolução espaço na ficha para que o candidato possa explicar as acusações.

Com ânimos exaltados, polêmica das cotas é debatida no Supremo

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou ontem uma série de três audiências públicas para discutir a adoção de cotas raciais nas instituições federais de ensino superior. Oradores a favor e contra as cotas se alternaram nas exposições. Presente à audiência, o ministro do STF Joaquim Barbosa deu sinais de contrariedade com os discursos contra as cotas e demonstrou simpatia pelo sistema.

- É uma tentativa de inserção consequente de minorias no sistema produtivo e educativo do nosso país - afirmou Barbosa.

A advogada do DEM, Roberta Kaufmann - partido que questionou na Justiça a adoção de cotas na Universidade de Brasília (UnB) - chegou a ser chamada de racista por militantes da sociedade civil favoráveis às cotas, e que acompanharam a audiência num telão do auditório do STF.

Lula: 'Não é prudente encostar o Irã na parede'

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, tentou ontem pressionar o governo brasileiro a mudar de posição e apoiar as sanções propostas por parte da comunidade internacional contra o Irã. Mas não conseguiu. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuou mantendo o discurso de apoio ao governo iraniano. Em visita a Brasília, onde fez um périplo pelo Congresso Nacional, Hillary teve uma reunião de trabalho com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e foi recebida pelo presidente Lula. Hillary admitiu que Brasil e EUA concordam que o Irã não pode se tornar uma potência nuclear. Disse ainda que o líder iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, não fala a verdade ao se defender e cobrou uma atitude mais firme do Brasil.

O Estado de S. Paulo

Aécio diz a Serra que não quer ser vice e ajudaria mais como senador

José Serra convidou na madrugada de quarta-feira o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), para ser seu vice numa chapa tucana puro-sangue na eleição presidencial de outubro. Pela primeira vez, diante de um convite explícito, Aécio também foi explícito e disse a Serra que não quer ser candidato a vice. O encontro, em um hotel de Brasília, começou tarde da noite de terça-feira e entrou pela madrugada de quarta. O governador paulista convidou Aécio para ser "parceiro" em uma "chapa café com leite", isto é, numa aliança de Minas com São Paulo. Para uma ala dos líderes tucanos, o "não" de Aécio ainda era tratado, ontem à noite, como reversível. Os relatos sobre o encontro, porém, reforçam a tendência de que o governador mineiro não voltará atrás.

'Nunca afastei a possibilidade de vir a ser candidato'

Em meio a rumores de que poderá desistir da candidatura presidencial, o governador José Serra reforçou ontem que há chances sim de se lançar na corrida ao Planalto. "Eu quero dizer o seguinte: nunca afastei a possibilidade de vir a ser candidato." É uma resposta aos adversários que têm espalhado a tese de que ele estaria pensando em recuar da disputa após o crescimento da ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, nas pesquisas.

Serra critica PT e reivindica bandeira social para tucanos

Provável concorrente do PSDB à Presidência, o governador de São Paulo, José Serra, aproveitou cerimônia em homenagem ao centenário de nascimento do presidente Tancredo Neves, ontem no Congresso, para, em discurso de candidato, resgatar para a oposição a bandeira do desenvolvimento social e esvaziar a tese de que o PT seria o principal responsável pelos avanços do País. No discurso, Serra lembrou o radicalismo do PT e disse que o partido de Lula foi um dos principais beneficiários das mudanças implementadas principalmente nos dois governos tucanos.

Planalto reformula portal do governo

Ao custo de R$ 11 milhões, foi lançada ontem a nova página do governo federal na Internet. Reformulado, o site www.brasil.gov.br pretende facilitar a vida do internauta que buscar informações sobre serviços oferecidos por mais de 100 órgãos e instituições governamentais. O objetivo, segundo o Planalto, é reunir informações em um mesmo endereço, de forma mais organizada e ágil, apostando na integração multimídia, com textos ? mais de 2,6 mil, em português, inglês e espanhol ?, vídeos e infográficos. Foram disponibilizados os conteúdos de mais de 500 serviços, como campanhas de vacinação, projetos sustentáveis e previdência privada.

PT prepara chapa com Mercadante e Marta em SP

O PT tem pronta a composição de sua nova chapa para a eleição em São Paulo, enquanto aguarda para enterrar definitivamente o projeto de lançar o deputado Ciro Gomes (PSB) ao Palácio dos Bandeirantes. Quase certo de que Ciro vai recusar o convite para sair candidato no maior colégio eleitoral do País, o partido bateu o martelo no nome do senador Aloizio Mercadante (SP) para disputar o governo paulista. Já a candidata ao Senado será a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy. A estratégia será estampada nas próximas inserções estaduais a que o PT tem direito no rádio e na televisão. Marta e Mercadante vão dividir com Lula e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, os vídeos que vão ao ar nos dias 12,15,17 e 19 deste mês.

STF decide hoje se Arruda pode deixar prisão

O governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), joga hoje suas últimas fichas para sair da cadeia com o aval do Supremo Tribunal Federal (STF) sem renunciar ao mandato. Os ministros do tribunal, que votam à tarde o pedido de habeas corpus dele, receberam ontem um documento assinado por Arruda em que ele se defende das acusações e assume o compromisso de manter-se, em caso de soltura, licenciado do cargo até o fim das investigações. A mesma promessa foi feita em carta enviada à Câmara Legislativa, que hoje vota a abertura formal do processo de impeachment de Arruda. Apesar das promessas e dos argumentos jurídicos, os advogados, preparados para uma derrota no STF, já articulam os caminhos que tomarão se isso ocorrer.

Estudo de ONG aponta lentidão do Supremo

O Projeto Meritíssimos, lançado ontem pela ONG Transparência Brasil, sustenta que o Supremo Tribunal Federal (STF) não é célere e que seus ministros estão recebendo menos processos por ano, mas o tempo das decisões não está caindo significativamente. "O STF está perdendo eficiência", afirma relatório de 30 páginas, com gráficos e quadros comparativos que analisam o desempenho dos ministros da instância máxima do Judiciário. Segundo o documento ? que pode ser acessado no endereço www.meritissimos.org.br ?, o STF não cumpriu a Meta 2 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que recomendou julgamento de todos os processos distribuídos até 31 de dezembro de 2005. O congestionamento geral da corte atinge 92,3 mil ações, informa o estudo.

Folha de S. Paulo

Serra diz que é candidato e convida Aécio para ser vice

Em conversas desde a noite de terça-feira, o governador de São Paulo, José Serra, admitiu à cúpula do PSDB que é candidato à Presidência da República. Serra -que até já discute a data para o anúncio oficial da candidatura- deixou clara sua disposição de concorrer num jantar na noite de anteontem com o governador de Minas e vice de seus sonhos, Aécio Neves. No encontro, Serra agiu como candidato ao convidar pela primeira vez de forma direta Aécio para ser companheiro de chapa. Mais uma vez, o mineiro disse não, mas o paulista não desistiu de convencê-lo.

Assessor diz que "plano B" não existe

Escalado para coordenar a campanha de José Serra à Presidência, o secretário estadual de Relações Institucionais, José Henrique Reis Lobo, disse ontem que o partido não tem "plano B" para a corrida pelo Planalto e relativizou a importância de uma chapa "puro-sangue" com o mineiro Aécio Neves. "O partido não trabalha com plano B ou com outra hipótese", afirmou, ao ser indagado sobre a possibilidade de Serra desistir da disputa. "Eu, pessoalmente, não vislumbro nenhuma possibilidade", disse.

É "bobagem" apostar em desistência, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem não acreditar na possibilidade de o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), desistir de concorrer à sua sucessão. Lula chamou de "bobagem" especulações de que o tucano não entrará na disputa por causa do resultado do Datafolha, publicado domingo, em que aparece apenas quatro pontos percentuais na frente da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). "É uma grande bobagem imaginar que uma pesquisa deixe um candidato com medo oito meses [antes] de uma eleição. O jogo está começando e está bom. Há um certo equilíbrio", disse.

Partidos se unem contra veto a doação oculta

Oposição e governo reagiram com discurso semelhante à aprovação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da medida que obriga os partidos a detalhar a origem e o destino das doações recebidas em ano eleitoral. DEM, PT e PTB criticaram a regra que impede as chamadas doações ocultas. "As doações feitas ao partido fortalecem a democracia. Vamos cumprir o que for estabelecido, mas é uma visão equivocada da Justiça Eleitoral", afirmou Rodrigo Maia (RJ), presidente nacional do DEM.

Para ser solto, Arruda diz ao STF que se afasta

Para tentar sair da prisão, o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), encaminhou ontem ao STF (Supremo Tribunal Federal) um documento assinado de próprio punho em que se compromete a ficar licenciado do cargo até a conclusão das investigações do mensalão do DEM. O mesmo pedido foi levado à Câmara do DF, que abriu processo de impeachment contra Arruda, acusado de chefiar o esquema de corrupção. Ele está preso sob a suspeita de subornar uma das testemunhas do inquérito que apura o caso.

Brasil reage a pressão dos EUA sobre Irã

Numa entrevista tensa, com direito a apenas três perguntas, a secretária de Estado Hillary Clinton e o chanceler Celso Amorim expuseram ontem publicamente as divergências dos dois países quanto ao Irã. Hillary defendeu que "o tempo de ação internacional [contra o Irã] é agora". Amorim comparou a pressão dos EUA à que antecedeu a invasão do Iraque. Para Hillary, que depois se encontrou também com o presidente Lula, o Irã não faz "esforços reais e sinceros" para mostrar ao mundo que não pretende desenvolver a bomba atômica, e o Conselho de Segurança da ONU deve "mandar um recado duro" -recrudescer as sanções econômicas ao país.

Correio Braziliense

Distritais só vão julgar Arruda depois do STF

Oficialmente, está marcada para as 10h de hoje a votação em plenário do parecer da Comissão Especial que sugere a abertura do processo de impeachment contra o governador afastado e preso, José Roberto Arruda (sem partido). Mas, na prática, o julgamento na Câmara Legislativa só ocorrerá no fim da tarde, quando provavelmente já houver uma definição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido de habeas corpus em favor do chefe do Executivo detido preventivamente. A alteração atenderá a um dos quatro argumentos apresentados ontem pela defesa de Arruda na tentativa de adiar a votação do parecer do pedido de impeachment.

Artilharia de Aécio

Idealizada pelos tucanos como uma solenidade para mostrar a unidade do PSDB, o centenário de Tancredo Neves acabou por se transformar num evento de demonstração de força do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, neto e herdeiro político do ex-presidente. Aécio chegou ao Congresso como candidato a senador e saiu com a torcida de um grupo expressivo para que concorra à Presidência da República, embora fizesse questão de declarar que sua “participação na campanha presidencial terminou em dezembro”, quando decidiu concorrer ao Senado. Sobre a hipótese de ser candidato a vice numa chapa tucana encabeçada pelo governador de São Paulo, José Serra, o mineiro foi incisivo: “Não adianta me empurrar. Porque empurrado eu não vou”, disse relembrando uma frase do avô dita em janeiro de 1985 numa conversa com o comunista João Amazonas.

Serra emite sinais de candidato

Pressionado pelo partido e com os aliados de Aécio Neves em plena movimentação pela troca do candidato, o governador de São Paulo, José Serra, disse pela primeira vez, ainda que de forma meio atravessada, que será candidato. Foi quando a repórter do programa CQC, Mônica Iozzi, lhe perguntou, de forma bem-humorada: “E aí? Vai pipocar da candidatura a presidente?”. “Não, vou comer pipoca”, disse Serra, na saída do Congresso, onde não conseguiu disfarçar um certo desconforto com o movimento dos aecistas. O presidente do partido, Sérgio Guerra, o socorreu: “Não pode sobrar na cabeça de ninguém a ideia de que Serra não é o candidato. Até o fim da semana, vão achar que Serra é o candidato”, respondeu, tentando baixar a poeira que agita o partido, desde que Dilma Rousseff (PT) se aproximou de Serra nas pesquisas.

Homenagem emociona ao relembrar a história

A homenagem ao centenário de Tancredo Neves emocionou o plenário. A deputada Rita Camata (PSDB-ES), musa do Congresso Constituinte no governo de José Sarney, foi às lágrimas ao ver a cantora Fafá de Belém abrir a sessão solene do Congresso em homenagem aos 100 anos de Tancredo Neves(1) cantando o Hino Nacional — uma cena que ficou marcada na lembrança de todos na campanha pelas Diretas. Depois, a interpretação de Fafá marcaria ainda a eleição de Tancredo no Colégio Eleitoral e a tristeza pela morte precoce do presidente que não chegou a assumir o governo para completar o trabalho pelo retorno da democracia.

PR não quer ser coadjuvante

Além de melhorar os termos da negociação com o PMDB, o PT quer acelerar acordos com os partidos aliados mirando a campanha presidencial. A primeira aliança formal tem como alvo o PR, que se reuniu ontem com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata petista ao Palácio do Planalto. O encontro serviu para apresentar as metas do partido e convidá-la à Convenção Nacional da legenda, em 5 de abril, que oficializará a coligação e elegerá como presidente da sigla o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento — que disputará o governo do Amazonas.

Crimes ocultos para o TSE

A regra da “ficha limpa” aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) admite que candidatos à próxima eleição escondam da Justiça Eleitoral processos criminais em tramitação. É que a norma só obriga políticos a apresentarem, no registro da candidatura, certidões criminais do próprio domicílio expedidos pela Justiça Federal e pela Estadual. Isso porque não existe um sistema integrado do Poder Judiciário, que inclua todos os municípios e estados. Por exemplo: se um candidato tiver cometido um homicídio em uma cidade vizinha à do seu domicílio, mesmo que a Justiça já tenha proferido uma decisão final, essa informação não estará no certificado.

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