domingo, 31 de janeiro de 2010

PAPA - JOÃO PAULO II - AUTO FLAGELAMENTO

Revelação
João Paulo II flagelava-se e dormia nu no chão
por LUMENA RAPOSO28 Janeiro 2010


Ao ser alvejado no Vaticano, o papa acreditou que as balas haviam sido disparadas por extremistas das Brigadas Vermelhas.

No novo livro Porque ele é um santo, o verdadeiro João Paulo II, monsenhor Slawomir Oder revela que o papa polaco se autoflagelava com frequência e dormia nu no chão. O principal promotor da canonização de João Paulo II, que morreu em 2005, publica também uma carta em que Karol Wojtyla anunciava, em 1989, a vontade de abandonar a liderança da Igreja Católica caso ficasse incapacitado.

"No seu roupeiro, pendurado entre as vestes, estava um cinto especial que ele utilizava para se autoflagelar", afirmou terça-feira, no Vaticano, ao apresentar o seu livro, monsenhor Oder, de origem polaca, como João Paulo II.

Na opinião do antigo papa, tais práticas tinham como objectivo aproximá-lo do sofrimento de Cristo e terão começado quando Karol Wojtyla era bispo de Cracóvia. Quando optava por dormir no chão, Wojtyla tinha o cuidado de "desmanchar a cama" para evitar chamar a atenção para o seu acto de penitência.

A revelação de que João Paulo II se flagelava já fora feita no livro Santo Já, publicado em Novembro por Andrea Tornielli. Para o efeito, este biógrafo do papa e correspondente do diário italiano Il Giornale no Vaticano citou Tobiana Sobodka, uma freira polaca da Ordem do Sagrado Coração de Jesus, que trabalhava com João Paulo II. "Ouvíamo-lo, no quarto ao lado em Castel Gandolfo [residência de Verão]. Podia ouvir-se o som dos golpes quando se flagelava. Fê-lo enquanto teve capacidade para se movimentar", a firmou Sobodka.

"O que temos de ver nestas formas de penitência - às quais, infelizmente, os nossos tempos não estão habituados - são os motivos: amor a Deus e a conversão dos pecadores", afirmou o próprio João Paulo II, em 1986, na sua anual Carta aos Padres. Wojtyla seguia, assim, o exemplo de santos como Francisco de Assis, Teresa de Ávila e Inácio de Loyolam, que usavam a prática da flagelação. O mesmo fazia a Madre Teresa de Calcutá.

O PAPA AINDA CRIANÇA COM SEUS PAIS
O novo livro sobre Wojtyla inclui o documento que este preparou, em 1989, e no qual afirmava que se demitiria "no caso de enfermidade que é presumivelmente incurável, prolongada e que me impede de desempenhar funções do meu ministério apostólico". Esta decisão de João Paulo II, nunca concretizada, decorreu do facto de lhe ter sido diagnosticada a doença de Parkinson.

Mas o livro do "advogado de Wojtyla" no seu processo de canonização revela também que, a 13 de Maio de 1981, João Paulo II, ainda na ambulância a caminho do hospital, perdoou ao seu agressor. Momentos antes, em plena Praça de S. Pedro, o extremista turco Ali Agca alvejara o papa. Wojtyla, revela o livro de Oder, pensou ter sido vítima do grupo extremista italiano Brigadas Vermelhas.

Os livros de monsenhor Oder - que se baseou em 114 testemunhos e em documentos de João Paulo II - e de Tornielli são elementos a utilizar no processo de canonização. Em Dezembro, Bento XVI assinou o decreto no qual reconhece que o seu antecessor viveu heroicamente a fé cristã, um primeiro passo no processo de beatificação que ficará completo quando o Vaticano reconhecer a validade do milagre atribuído a João Paulo II: a cura de uma freira francesa que sofria de Parkinson.

" EU TAVA VISITANDO A UPA ...." LULA

Blog

Reinaldo Azevedo


LULA DISSE EM PERNAMBUCO, ANTES DE PASSAR MAL, QUE “ATÉ DAVA VONTADE DE FICAR DOENTE” SÓ PARA SER ATENDIDO POR UNIDADE PÚBLICA DE SAÚDE. ACABOU NO HOSPITAL PORTUGUÊS, QUE É PRIVADO E UM DOS MELHORES DO BRASIL
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010 | 15:12

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como informam todos os sites noticiosos e não precisa ser repetido em detalhes aqui, já está bem, devidamente monitorado por aquilo que de melhor a medicina pode oferecer no mundo. E nós torcemos para que ele se recupere logo. Ao Lula que ficou doente, eu só desejo saúde e sorte. Ao Lula saudável, como sempre, recomendo que tire os pés do pântano do populismo.

Um dos itens da agenda de Lula, em Recife, ontem, estava ligada à área de saúde: a inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). As pessoas se aglomeravam para ouvir o presidente — chegou a haver desmaios. Na ânsia de demonstrar que é um homem do povo, mandou ver: “Eu tava visitando a UPA, e eu quero dizer que ela tá tão bem-organizada, ela tá tão bem-estruturada QUE DÁ ATÉ VONTADE DE A GENTE FICAR DOENTE PARA SER ATENDIDO AQUI”. Pois é…

Lula passou mal e foi levado ao Hospital Português do Recife, um dos melhores e mais equipados do Brasil. E depois seguiu para São Paulo, onde é cuidado por um equipe de renome internacional.
Tenho horror ao populismo. Digo com todas as letras: não acho que um presidente da República ou governador do Estado devam se tratar em unidades públicas de emergência, que não podem mesmo contar com todos os recursos que a medicina pode oferecer. Não porque eles “não sejam homens comuns” (como disse Lula a respeito de Sarney), mas porque uma doença grave de um governante ou mesmo a sua morte podem ter repercussão negativa na vida de milhões de pessoas.

Assim, é correto que o mandatário tenha à disposição o que há de melhor no setor. E é uma tarefa sua, indeclinável, fazer o possível para elevar as condições de atendimento na saúde pública — QUE VIVE UM CAOS NO BRASIL. Ponto parágrafo.

É preciso parar de tratar o povo como idiota ou como tutelado. A UPA, se e quando funcionar bem, será um benefício para os pobres. E Lula nunca botará os pés ali como paciente.

“Ah, Reinaldo, ele estava brincando…” É? Sem essa! Nos palanques, Lula divide o país entre “eles” (as elites) e “nós” (o povo). Chama “elite” a seus inimigos, ainda que mais pobres e menos poderosos do que ele próprio; chama “povo” a seus amigos, ainda que sejam alguns potentados da economia — muitos mamando nos subsídios e desonerações fiscais. Ele pode perfeitamente bem inaugurar uma unidade popular de saúde sem o apelo barato de que gostaria de ser atendido ali. Porque ele pertence à categoria dos que jamais serão atendidos ali. Quem recorre a essa linguagem não fala com o povo, mas com a platéia.

Segue íntegra de sua fala
“Eu (não?) quero ser o primeiro paciente dessa UPA aqui. Eu tava visitando a UPA, e eu quero dizer que ela tá tão bem-organizada, ela tá tão bem-estruturada QUE DÁ ATÉ VONTADE DE A GENTE FICAR DOENTE PARA SER ATENDIDO AQUI. Deus queira que nenhum de vocês, pelo menos hoje, precise ser atendido pela UPA, que vai começar a funcionar amanhã. Eu acho que aquela muiezinha que sofreu um desmaio já tá lá na UPA. Então, já começou a funcionar”

WALMART PRETENDE COMPRAR CARREFOUR

Economia

Nos tempos do supervarejo
Um grande negócio em curso que pode esquentar mais ainda a guerra do varejo é a compra do Carrefour na América Latina pelo Walmart. As conversas estão em andamento. Juntas, as cadeias francesa e americana faturam no Brasil o equivalente às receitas do Pão de Açúcar e Casas Bahia somadas - ou seja, cerca de 40 bilhões de reais por ano.

Radar - Veja
Lauro Jardim

VOCÊ ELEITOR, É QUEM PAGA...EXIJA RESPEITO!!!

Congresso
Mais um neomagro | 23:04

Barriga vazia - Vaccarezza: se tudo der certo, um feliz integrante da bancada dos ex-gordos

Depois de Demóstenes Torres, Heráclito Fortes e Ideli Salvatti, quem promete ser o próximo integrante da eclética bancada dos neomagros é o novo líder do governo, Cândido Vaccarezza. Há duas semanas, o petista colocou um balão no estômago. Desde então, perdeu 10 de seus 135 quilos.

Por Lauro Jardim

Dados do Deputado
CÂNDIDO VACCAREZZA

Nome Civil: CÂNDIDO ELPÍDIO DE SOUZA VACCAREZZA
Aniversário: 26 / 9 - Profissão: Médico Ginecologista e Obstetra
Partido/UF: PT - SP - Titular
Gabinete: 958 - Anexo: IV - Telefone:(61) 3215-5958 - Fax:(61) 3215-2958
Legislaturas: 07/11


Biografia

Titular das Comissões: CFFC, GTCL, PEC02299, PEC51106,
CECONSTI.
Atuação Parlamentar (Nesta Legislatura)Proposições de sua autoria

Proposições relatadas

Votações: 2007 2008 2009 2010

Presença em Plenário: 2007 2008 2009 2010

Presença em Comissões: 2007 2008 2009 2010

Discursos proferidos em Plenário

Áudio e Vídeo do Deputado

Endereço na Internet:dep.candidovaccarezza@camara.gov.br

http://www.vaccarezza.com.br

Endereço para correspondência:Gabinete 958 - Anexo IV Câmara dos Deputados
Praça dos Três Poderes
Brasília - DF
CEP: 70160-900

sábado, 30 de janeiro de 2010

18 x 12 - A PRESSÃO ARTERIAL DE LULA - 30 MILHÕES DE BRASILEIROS TÊM ESTA PRESSÃO ARTERIAL OU MAIS! SÃO "ATENDIDOS" PELO SUS...

Brasil
Revista Veja
Suor, sufoco e susto
Ao tentar conciliar a agenda presidencial com a pré-campanha de Dilma Rousseff, Lula sucumbe ao stress e é internado às pressas com uma crise de hipertensão – mal que acomete 30 milhões de brasileiros

Fotos Hans Von Manteuffel/Ag. o Globo e Guga Matos/Jc Imagem

Poucas palavras
No discurso de inauguração de um posto de saúde em Paulista, no Grande Recife, na tarde de quarta-feira, Lula disse que falaria pouco. Ele já manifestava os primeiros sinais de pressão alta

A internação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, no Real Hospital Português de Beneficência, no Recife, é reveladora de como é fácil superestimar nossos limites físicos e emocionais e subestimar os sinais de alerta emitidos pelo organismo. Menos de vinte dias depois de terminadas as férias de verão, a crise de hipertensão experimentada por Lula está associada ao stress. O ritmo alucinante empreendido pelo presidente logo que voltou das férias contraria o que a maioria dos médicos recomenda nesses casos. O mais correto é começar a embalar um pouco na última semana de férias e ir com calma na retomada do expediente. Calma e Lula não costumam andar juntos. O presidente reentrou na arena administrativa e eleitoral como quem embarca em um automóvel a 100 quilômetros por hora. A cabeça comandou, mas o corpo não obedeceu e reagiu emitindo sinais bioquímicos característicos. A cadeia de reações do organismo nesses casos já é um clássico da medicina. Em resposta ao stress, o organismo acelera a produção de certas substâncias que aumentam o batimento cardíaco, a pressão arterial, a taxa de açúcar no sangue e deprimem o sistema imunológico. A pessoa sente-se cansada, fica mais irritável e parece estar com uma gripe encruada, daquelas que não pioram, mas também não vão embora. "Ele está claramente tenso, cansado. É visível a mudança em seu humor neste início de ano", diz um ministro próximo de Lula. O único que parecia não notar os sinais (evidentes) do desgaste era o próprio presidente.

O organismo de Lula, como se viu, não quis nem saber das urgências eleitorais do político Lula – a mais aguda delas a viabilização da candidatura presidencial de Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil. Ao mesmo tempo o político Lula deu uma banana para o organismo com a mesma ênfase que peitou o Tribunal de Contas da União (TCU) (veja o quadro abaixo).

Em ritmo de campanha, o presidente tem se alimentado mal, dormido pouco, feito ainda menos exercícios físicos e fumado muito. Desde a volta do descanso com a família na Praia de Aratu, na Bahia, e no Guarujá, em São Paulo, no último dia 11, Lula já percorreu mais de 18 000 quilômetros pelo Brasil ao lado de Dilma. Nos dezessete dias de trabalho no ano, o presidente participou de 29 eventos públicos fora da capital e esteve em quinze cidades. Suas jornadas de trabalho chegavam até a quinze horas diárias.

O mal-estar que culminaria com uma pressão arterial assustadoramente alta, em 18 por 12 (bem acima dos 11 por 7 que Lula costuma apresentar), começou na madrugada de quarta-feira, na volta do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. No voo para Brasília, o presidente reclamou de cansaço e indisposição. Era 1 hora da madrugada. Depois da queixa, Lula não dormiu nem cinco horas e já estava em seu gabinete para uma reunião com assessores. Por volta das 10 da manhã, gravou a propaganda de televisão do PT, ao lado de Dilma, de ministros e parlamentares do partido. Do estúdio, foi direto para a base aérea, onde, ao meio-dia, embarcou rumo ao Recife. "Assim que entrou no avião, chamou o médico da comitiva", revela um assessor que acompanhava o presidente. Ele se mostrava esgotado e sua cabeça doía. A sinusite aparentemente controlada desde 2005, com a cirurgia para retirada de pólipos nasais, parecia ter voltado a incomodar. O coronel-médico Cleber Ferreira, que acompanha Lula há cinco anos, recomendou nebulização, para desobstrução das vias respiratórias. Sentado sozinho, com as pernas estendidas, Lula fez a inalação durante todo o voo. Nos compromissos na capital pernambucana, estava abatido. Queixou-se de falta de fôlego, calafrios e palpitações. Pensou-se em gripe, mas um dos exames realizados mais tarde no Real Hospital Português de Beneficência mostraria que no sangue de Lula não havia vestígio de nenhum tipo de infecção por vírus. O mal-estar do presidente apresentava então a forma característica da reação corporal ao stress. Lula continuou no mesmo ritmo.

Apesar do quadro de extrema indisposição, não cancelou nenhum compromisso de uma intensa e longa agenda no Recife. Sob um calor ao redor dos 40 graus, entrando e saindo de ambientes refrigerados, o presidente inaugurou um posto de saúde, visitou a sinagoga mais antiga do Brasil, onde prestou homenagem às vítimas do Holocausto, participou de um coquetel no Palácio do Campo das Princesas com políticos do PSB e jantou com o governador Eduardo Campos. O abatimento era tão grande que, no posto de saúde, o falador Lula disse que seria breve em seu discurso porque estava com dor de garganta. Na sinagoga, ele simplesmente não discursou e era evidente sua dificuldade para respirar. No jantar, por volta das 21h30, o presidente, ainda muito ofegante, bocejava constantemente. Antes da sobremesa, pediu desculpas e saiu – não para descansar, mas para pegar o avião presidencial que o levaria a Davos, na Suíça, onde receberia o prêmio de estadista do ano concedido pelo Fórum Econômico Mundial. Ao chegar à base aérea do Recife, o avião ainda não estava abastecido, mas Lula pediu para subir. Queria "esticar as pernas". Logo depois de entrar, chamou o coronel-médico Cleber Ferreira e disse que não se sentia bem. Lula suava frio, apresentava taquicardia e respirar exigia esforço extra. Ferreira constatou que a pressão arterial do presidente estava em 18 por 12, valores anormais altíssimos que exigem tratamento imediato. Lula, porém, insistia em seguir viagem. Ferreira usou de suas prerrogativas de médico do presidente da República e não apenas do homem Lula e tomou a decisão mais segura. "O doutor Ferreira deixou bem claros os riscos a que o presidente se submeteria se passasse mais de oito horas respirando o ar rarefeito da cabine do avião, sem acesso a hospitais em plena crise de hipertensão", contou a VEJA um assessor que testemunhou o diálogo. Continua ele: "O médico foi firme o suficiente para convencê-lo a se internar".

Quando o presidente chegou ao Real Hospital Português de Beneficência, no início da madrugada, ofereceram-lhe uma cadeira de rodas, mas ele recusou. Foi caminhando para o local dos exames. A imagem divulgada na internet de Lula em uma cadeira de rodas foi feita no momento em que, seguindo as exigências do hospital, o presidente deixava a sala de exames clínicos e seguia para a realização de uma tomografia de tórax e abdômen. No elevador, Lula disse aos médicos que estava se sentindo exausto e sem ar. "Nunca me senti tão cansado", disse o presidente, arfando. Os médicos comentaram que ele deveria se cuidar mais – alimentar-se melhor, fazer ginástica, abandonar o tabagismo e diminuir o ritmo de trabalho. Ao que Lula respondeu: "Não tenho como parar: o Zé (José Alencar, vice-presidente) adoe-ceu, a Dilma adoeceu... Eu não posso parar". Na sexta-feira, o presidente insistia em comparecer a um evento promovido pela Igreja Mundial do Poder de Deus, no sábado, em São Bernardo do Campo.

Os resultados dos exames de sangue, raios X e tomografia saíram depois de uma hora e meia. Todos estavam dentro da normalidade. O cirurgião pernambucano Cláudio Amaro Gomes, responsável pela internação de Lula, receitou um coquetel de anti-hipertensivos orais e inalações com soro fisiológico misturado a um remédio broncodilatador. Não havia nada mais a ser feito, além de recomendar ao presidente que tivesse uma vida mais regrada. Seu mal é stress, reafirmam todos os médicos que o atenderam até sexta-feira.

Eles são peremptórios ao dizer que Lula foi vítima de uma crise isolada de hipertensão. Sua pressão normalmente gira em torno de 11 por 7, que é boa acima da média para um homem com 64 anos. Em 90% das vezes, os episódios hipertensivos estão associados a um alto nível de sobrecarga física e emocional. Em tais situações, o cérebro repentinamente estimula as glândulas suprarrenais a aumentar a produção dos hormônios adrenalina, noradrenalina e cortisol. Os dois primeiros elevam os batimentos do coração e a contração dos vasos sanguíneos. Combinados, tais fenômenos fazem a pressão arterial subir. O cortisol atua de outro modo: causa retenção de água e sal no organismo, o que também tem efeito hipertensivo. Noites maldormidas, alimentação deficiente, falta de atividade física e nervosismo aceleram os ponteiros da bomba-relógio que desencadeia a pressão alta. "Uma pessoa que apresenta uma crise dessas não está condenada automaticamente a desenvolver hipertensão crônica", diz o nefrologista Décio Mion, chefe da Unidade de Hipertensão do Hospital das Clínicas de São Paulo. Para que escape dessa sina, no entanto, é necessário que o paciente controle os fatores de risco. Se os maus hábitos persistem, podem provocar um aumento progressivo da pressão arterial que se traduz em doença crônica. "Há ainda a possibilidade de que as crises hipertensivas se tornem recorrentes", diz Décio Mion. O risco é maior em pessoas cujos vasos sanguíneos já sofreram alterações sérias como estreitamento, endurecimento ou dilatação. Em um quadro assim, as elevações bruscas podem culminar em infarto ou derrame.

Embora possa ter origem genética, a pressão alta é um distúrbio decorrente, sobretudo, dos maus hábitos da vida moderna. Com uma agravante: muitos de seus fatores de risco pioram uns aos outros. O stress e a privação de sono, por exemplo: quem vive estressado dorme mal e quem dorme mal vive sob constante stress. Dormir pouco aumenta em cinco vezes a probabilidade de um quadro de pressão alta, porque a privação de sono provoca um aumento extraordinário na produção de cortisol, adrenalina e noradrenalina, hormônios de ação vasoconstritora. Bastam cinco noites dormindo por apenas quatro horas e meia para que a capacidade de dilatação dos vasos sanguíneos seja reduzida em até 50%. "Enquanto dormimos, a pressão arterial cai entre 10% e 20%. Essa redução funciona como um mecanismo restaurador", diz o cardiologista Marcus Malachias, do departamento de hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Quando o sono é insuficiente, porém, o paciente já pode acordar com a pressão alta. "Essa é uma das explicações para que a maior parte dos infartos se dê entre as 6 horas da manhã e o meio-dia", diz o cardiologista Carlos Alberto Pastore, do Instituto do Coração, o Incor, de São Paulo. Há, ainda, um fenômeno bastante comum conhecido como hipertensão noturna. A apneia obstrutiva do sono é sua principal causa. Portadores do distúrbio costumam engasgar e sofrer microdespertares durante a noite. "Essas interrupções fazem com que os níveis de oxigênio no sangue oscilem, levando ao aumento da pressão arterial", diz o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Incor.

A hipertensão é uma doença complexa, desencadeada por uma dezena de processos fisiológicos. Raramente está associada a uma única causa. "Quando os sintomas aparecem na sua forma crônica, é normal que um órgão já esteja comprometido", explica o cardiologista Robinson Poffo, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. Os sinais podem ser dor de cabeça e pescoço, fadiga, confusão mental, tontura, náusea, problemas de visão, dor no peito, cansaço e, eventualmente, arritmias. A pressão é considerada alta quando é igual ou maior do que 14 por 9. Isso significa que a força do fluxo de sangue contra a parede das artérias está acima do normal. Com as artérias lesionadas, está aberto o caminho para o depósito de gorduras que causam infarto ou para a ruptura da parede dos vasos, o que resulta em derrame. A hipertensão é responsável por 40% dos casos de morte por derrame e 25% dos óbitos por infarto. A pressão tida como ideal é 12 por 8, embora haja uma recomendação da Associação Americana do Coração para que esse parâmetro baixe para 11 por 7.

IDOSO BRASILEIRO "ESPERANDO" PARA SER CONSULTADO NO SUS - HIPERTENSÃO

Embora apenas metade dos 30 milhões de brasileiros hipertensos saiba que está doente, o mal da pressão alta não é mais tão "silencioso" quanto já foi num passado recente. A hipertensão só começou a ser investigada como doença no início dos anos 50, quando as companhias de seguro americanas passaram a associar o distúrbio ao grande número de pacientes mortos. Hoje, a medição da pressão arterial é obrigatória em qualquer consulta médica (se o seu médico não o fizer, cobre-o! Ou, então, mude de profissional). O arsenal químico desenvolvido contra a doença é poderoso. De remédios diuréticos, que passaram a ser usados contra o mal na década de 60, ao Diovan, o anti-hipertensivo mais receitado no mundo, há várias e eficientes opções de tratamento. Muitos pacientes, no entanto, não seguem as prescrições ou abandonam a medicação de uma hora para outra, caso de quatro em cada dez deles. O risco do descaso, obviamente, é grande.


Pressão sob controle
Com 12 por 8 de pressão arterial, Lula recebeu alta do Real Hospital Português de Beneficência, no Recife. Durante a crise hipertensiva, foi acompanhado pelo coronel-médico Cleber Ferreira.

Em relação ao problema, um dos aspectos que mais preocupam os médicos é o aumento de peso da população brasileira e o incremento do consumo de comidas industrializadas, ricas em sal. O sobrepeso e o excesso de sal na dieta estão entre os maiores vilões que propiciam o aparecimento da pressão alta. O consumo nacional per capita de sal chega a absurdos 12 gramas diários. De acordo com o estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), essa quantidade não deveria ultrapassar os 2 gramas. Sal em excesso retém líquido e, consequentemente, aumenta o volume de sangue nas artérias. Com isso, a pressão sobe. Sabe-se que o presidente Lula gosta muito de usar o saleiro. Domar o stress é igualmente vital, mas é difícil para todo mundo superar as agendas atribuladas e expedientes cada vez mais longos. "Políticos como Lula, em especial, enfrentam muitas situações de stress, e esse é um dos gatilhos da hipertensão", diz o cardiologista Nabil Ghorayeb, da Sociedade Brasileira de Cardiologia. "Só neste ano atendi quatro deputados que estão se preparando para a campanha eleitoral. É uma maratona de visitas a três, quatro cidades por dia, onde são instruídos a comer e beber tudo o que oferecem." Por causa da agitação febril da vida moderna, ele recomenda check-ups anuais a quem tem mais de 30 anos.

Ao desembarcar em São Paulo, na manhã de quinta-feira, Lula ainda tentou postergar os exames exigidos por seu médico particular, o cardiologista Roberto Kalil. Nessa queda de braço, o vencedor foi Kalil. No sábado 30, o presidente seria submetido no Instituto do Coração, em São Paulo, a novos exames de sangue, a uma análise da função pulmonar e a uma tomografia do coração. A previsão era que os resultados seriam normais. Havia um ano e meio que Lula não passava por um check-up. Nos últimos meses, engordou muito, sobretudo nas férias, e atualmente está com, pelo menos, 14 quilos a mais do que o recomendável. A balança aponta 83 quilos (mal) distribuídos por 1,67 metro. Em detrimento de sua saúde, o presidente tem se empenhado ao extremo em transformar Dilma Rousseff em seu clone político. Para isso, montou uma agenda intensiva de viagens pelo país, a fim de colar a imagem da candidata à sua e, assim, tentar fazer com que ela herde a sua popularidade recorde e vença as eleições de outubro. O governo acredita que, para a estratégia funcionar, o ponto de fusão da imagem do presidente com a da ministra Dilma Rousseff precisa atingir níveis razoáveis já em abril. É um desafio que, oficialmente, nem sequer começou – e estressante, como demonstra o pico de pressão arterial de Lula. Para os brasileiros adultos, o incidente de saúde do presidente funciona como um alerta a que fiquem atentos aos sinais de stress e tenham sempre a pressão arterial nos padrões ótimos. Com essa eleição, todos ganham.

Com reportagem de Daniela Macedo, Gabriella Sandoval, Leonardo Coutinho, Naiara Magalhães e Otávio Cabral




Às favas o Tribunal de Contas
Gustavo Ribeiro

Oscar Cabral



A dupla jornada de trabalho como chefe do Executivo e cabo eleitoral da ministra Dilma Rousseff levou o presidente Lula a se envolver em conflito delicado e preocupante. Na semana passada, o presidente atropelou o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Congresso Nacional ao autorizar repasses de 13 bilhões de reais a quatro obras da Petrobras paralisadas por irregularidades graves, como superfaturamento. Lula simplesmente decidiu ignorar o trabalho dos fiscais, alegando que a paralisação causaria a demissão de 25 000 trabalhadores e um prejuízo de 268 milhões de reais mensais, atrasando ainda mais o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). É um argumento tosco até em sua aparência. A canetada do presidente autoriza repasses às obras das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Presidente Getúlio Vargas, no Paraná, além de um complexo petroquímico no Rio de Janeiro e um porto no Espírito Santo – todas em estados alinhados politicamente com o governo e, portanto, potenciais celeiros eleitorais da ministra Dilma. O espanto, porém, não se limitou ao mundo político e pode render uma dor de cabeça a mais a Lula.

"É uma atitude equivocada sob todos os aspectos da gestão pública. Se ocorrerem repasses, vou abrir processo contra os responsáveis, ainda que entre eles esteja o presidente da República", diz o procurador do Ministério Público junto ao TCU, Marinus Marsico. Os trâmites de uma eventual batalha na Justiça ainda são desconhecidos, dado o ineditismo do caso. "Vamos estudar essa questão a fundo. Nunca pensei que isso pudesse acontecer", espantou-se o procurador. Não faltaram sinais. Antes de atropelar o TCU, Lula já havia apontado a patrola do governo na direção do órgão. Não é de agora que o presidente tenta desmerecer o trabalho dos fiscais e responsabilizar o tribunal pelo atraso das obras do PAC. Ele chegou até a cogitar a possibilidade de criação de um órgão, subordinado ao governo, para supervisionar as fiscalizações. A ofensiva federal contra uma das poucas instituições capazes de descobrir e coibir grandes maracutaias com dinheiro público ainda não inviabilizou por completo o trabalho do TCU, mas já produz efeitos danosos. Até hoje, sempre que votava o orçamento do ano seguinte, o Congresso costumava acatar nove em cada dez recomendações do tribunal para paralisar repasses a obras suspeitas. Isso certamente impediu que algumas centenas de milhões de reais virassem fumaça. No fim do ano passado, porém, apenas metade das recomendações foi acolhida – decisão que só faz bem a empreiteiros desonestos e políticos que parasitam esse ecossistema.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

RECADO DO NEUROLOGISTA

O uso de medicação anti-hipertensiva
reduz o risco da doença de Alzheimer


Por Ricardo Teixeira*

As medicações usadas para controlar a hipertensão arterial têm se mostrado a cada dia mais interessantes ao cérebro. E os efeitos benéficos vão além da capacidade de proteger o cérebro de altos níveis de pressão arterial. Em 2009, dois estudos avançaram muito na discussão da relação entre a hipertensão arterial e o risco de demência. Um deles demonstrou que o uso de anti-hipertensivos reduz o risco de demência, e o risco é menor até mesmo quando comparado ao das pessoas que nem apresentam pressão alta. O segundo estudo mostrou que o tratamento da hipertensão arterial reduziu o risco de demência, especialmente entre pessoas com menos de 75 anos de idade, onde a redução do risco foi de 8% quando comparado àquelas que nunca fizeram tratamento para pressão alta. Nenhuma classe de anti-hipertensivo foi superior às demais.


Uma pesquisa publicada na última edição do British Medical Journal confirma esse efeito protetor dos anti-hipertensivos sobre o cérebro, e desta vez tivemos uma pista de que alguns medicamentos podem ser mais eficazes que outros. Pesquisadores da Universidade de Boston nos Estados Unidos acompanharam por quatro anos mais de 800 mil indivíduos com mais 65 anos de idade (98% homens) e em tratamento para doença cardiovascular. Aqueles que faziam uso de medicações da classe bloqueadores dos receptores da angiotensina (ex: candesartan, losartan, valsartan) tiveram menos risco de desenvolver doença de Alzheimer e outros tipos de demência do que aqueles que usaram outros tipos de anti-hipertensivos. Além disso, entre aqueles que já apresentavam diagnóstico de demência, o uso de anti-hipertensivos também promoveu uma menor chance de internação em clínicas geriátricas.


Já é bem reconhecido que os bloqueadores dos receptores de angiotensina têm efeitos positivos sobre os pequenos vasos sanguíneos como um todo, incluindo os do cérebro. Um dos principais marcadores da doença de Alzheimer é o depósito de proteínas no cérebro e é fundamental o pleno funcionamento da microcirculação cerebral para que essas proteínas não se acumulem de forma exagerada. Essa é uma das formas de entender a razão pela qual a atividade física, uma dieta rica em frutas e vegetais, com alto teor de ômega-3, consumo moderado de álcool, todos esses sejam considerados fatores protetores da doença de Alzheimer. Se é bom para os vasos, é bom para o cérebro.


* Ricardo Teixeira é doutor em neurologia e pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp.
Blog Saúde para Todos ( Correio Braziliense)

RECADO DO NEUROLOGISTA

Será que é só um hobbie ou já virou compulsão?



Por Ricardo Teixeira *


O hábito de colecionar coisas, mesmo que não tenham qualquer utilidade à primeira vista, é um hábito comum entre crianças e adultos, tanto em sociedades modernas como primitivas. Tal hábito também é descrito em outras espécies. O hábito de estocar comida é descrito em pelo menos 12 famílias de pássaros, 21 famílias de mamíferos e vários tipos de insetos. E o hábito de colecionar não é restrito à comida. Alguns tipos de pássaros costumam juntar objetos metálicos e coloridos e hamsters preferem juntar contas de vidro a juntar comida.

Recado do neurologista

A estocagem de alimento faz todo sentido do ponto de vista de adaptação das espécies como forma de preparação para tempos de vacas magras. Entre os humanos, o comportamento de colecionador pode representar esse mesmo instinto arcaico e é difícil pensar em alguém que nunca tenha colecionado nada durante a vida. As coleções podem ser justificadas pelo valor estético e emocional dos objetos, e até mesmo pelo valor material mesmo, como é o caso de obras de arte.


O fato é que em algumas situações o comportamento de colecionador não traz nenhuma dessas justificativas anteriores e pode representar um sintoma patológico. Nessa situação o indivíduo coleciona exageradamente, de forma indiscriminada, e tem muita dificuldade de se desfazer das “quinquilharias”. Nesses casos, é mais comum a coleção de objetos que podem ser facilmente obtidos e após a aquisição eles são deixados de lado. O interesse pelos objetos volta a acontecer quando outra pessoa ameaça dar um fim na coleção. O ato de colecionar é um fim em si mesmo, comportamento semelhante ao dos roedores, que acumulam por acumular, independentemente se suas reservas estão em alta ou em baixa.


Várias doenças neuro-psiquiátricas podem estar associadas a um comportamento de colecionador patológico, como é o caso do transtorno obsessivo-compulsivo, autismo, esquizofrenia, síndrome de Tourette e diferentes tipos de demência. Estudos recentes têm demonstrado que lesões ou alterações no funcionamento de regiões frontais do cérebro, especialmente do lado direito, estão associadas ao comportamento de colecionador patológico. É como se essa região do cérebro funcionasse como freio para o instinto arcaico de acumular por acumular, que tem origem em outras regiões do cérebro como o sistema límbico, um dos maestros de nosso comportamento. Talvez as crianças ainda não tenham esse freio bem desenvolvido, pois se dependesse delas, elas teriam todos os modelos de brinquedos disponíveis no mercado. Consumismo pode não ser o melhor nome para isso.


Num extremo podemos imaginar o colecionador comum e “saudável” que tem toda a obra de seu escritor predileto e já leu boa parte dos livros que comprou. No outro extremo está o indivíduo que começa a guardar em casa quilos e quilos de objetos sem utilidade que deveriam estar num ferro velho. Entre os dois extremos, estariam aquelas pessoas que lêem ou consultam apenas uma mísera parte dos livros que compram, mulheres que têm um quarto em casa só para guardar a coleção de centenas de sapatos, pessoas que já têm uma respeitável “coleção” de dinheiro suficiente para sustentar três gerações, mas continuam a trabalhar 18 horas por dia pelo prazer de ver sua coleção aumentando.


* Ricardo Teixeira é doutor em neurologia e pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp.
Blog Saúde para Todos ( Correio Braziliense)

ZILU QUER SE SEPARAR DE ZEZÉ DI CAMARGO

Silvia Dalben

Publicação: 28/01/2010 16:41

Parece que o casamento de 28 anos de Zezé Di Camargo e Zilu, que até virou filme, está chegando ao fim. De acordo com o blog de Fabíola Reipert, Zilu está bem chateada com o comportamento do marido, e uma bailarina poderia ser o pivô da separação.

Esta também não seria a primeira crise enfrentada pelo casal, que já teria enfrentado altos e baixos algumas vezes mas parece que desta vez a coisa está mais séria. Inclusive, parece que Zezé não usou aliança no show que fez em Brasília no Réveillon.

Eles são pais de Wanessa, Camilla e Igor, e parece que os filhos já estão pressionando o pai para saber como serão as coisas daqui para a frente, se a separação realmente ocorrer.

SOU " OLHO GORDO" SIM E DAI??? - DEPUTADO DO CASTELO

Deputado do castelo pede reembolso de R$ 1,81

Reembolso da verba indenizatória de Edmar Moreira vai de valores minguados até mais de R$ 45 mil, dependendo do mês



Oito ou oitenta: em um mês, Edmar Moreira pediu reembolso de R$ 1,80 da verba indenizatória. Em outro, de mais de R$ 45 mil
Renata Camargo

Ele ficou conhecido por ser dono de um castelo avaliado em R$ 25 milhões. Depois, reportagem do Congresso em Foco revelou que ele usava sua verba indenizatória para custear suas próprias empresas de segurança. Novo levantamento do site revela agora que o deputado Edmar Moreira (PR-MG) tornou-se absolutamente criterioso com os gastos que faz em seu gabinete. O deputado do castelo coloca na ponta do lápis todas as despesas a serem reembolsadas por meio da verba indenizatória, sem deixar de lado um centavo sequer.

No mês de maio de 2009, o deputado mineiro pediu à Câmara o reembolso de duas ligações telefônicas. O que chama a atenção – para quem é dono de um imóvel avaliado em R$ 25 milhões – são os valores das contas telefônicas: R$ 2,48 e de R$ 1,81, respectivamente. Tratam-se das duas únicas despesas de Edmar Moreira em maio do ano passado. No total: R$ 4,29. Um deputado econômico? Não necessariamente. A conta de maio representou 0,03% do total de gastos que o parlamentar teve com telefonia durante 2009. A Câmara pagou no ano passado R$ 12.076,28 com contas de telefones funcionais do deputado do castelo.

Longe de ser um padrão de economia, o dado da conta de maio de Edmar Moreira mostra que o deputado pede de volta tanto os centavos quanto os milhares de reais. Quatro meses depois da conta de R$ 4,29, Edmar Moreira decidiu deixar a economia de lado. Para divulgar o seu mandato e melhorar a imagem diante da opinião pública, o deputado mineiro gastou, de uma vez só, a cifra de R$ 45.960, para pagar os serviços da Gráfica Editora Granito Ltda. A empresa é responsável pela produção de cartões fotográficos, folders, folhinhas personalizadas, cadernos personalizados, cartões postais e outros serviços gráficos.

O site tentou entrar em contato com o parlamentar para saber as justificativas dos seus gastos. O gabinete de Edmar, no entanto, está fechado durante o recesso parlamentar, que termina no próximo dia 2. Segundo a liderança do PR, Edmar é o único deputado que não usa celular e que não disponibilizou números de seus assessores para contato. O site encaminhou também e-mail ao gabinete do parlamentar, mas não obteve retorno.

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Em fevereiro do ano passado, reportagem do Congresso em Foco revelou que Edmar Moreira, então corregedor da Câmara, foi o campeão de gastos com segurança particular entre todos os parlamentares que assumiram mandato desde o início desta legislatura. De maio de 2007 a janeiro de 2009, o deputado mineiro destinou os R$ 15 mil mensais da verba indenizatória para suas empresas de segurança, que estavam com dificuldade financeira.

De acordo com a denúncia, as despesas com segurança chegaram a R$ 236 mil, o equivalente a 68,4% dos R$ 365 mil que Edmar gastou em verba indenizatória no período. O uso dos recursos públicos em empresas próprias rendeu a Edmar um pedido de cassação de mandato no Conselho de Ética por uso indevido da verba. Em sua defesa, Edmar alegou que havia contratado três seguranças particulares e que, na época, não existiam regras claras que impediam gastos com a própria empresa.

Em julho, Edmar Moreira foi absolvido pelo Conselho de Ética com apoio de nove dos 14 parlamentares que participaram do julgamento do processo de cassação de mandato. Os membros do conselho entenderam que Edmar teria cometido um “ato atentatório” contra o decoro parlamentar, mas que a ação não deveria ser considera como um “ato incompatível” com o mandato.

Desgastado perante a opinião pública, Edmar despendeu R$ 67.265,10 do dinheiro público com divulgação parlamentar durante três meses. As despesas foram feitas a partir de setembro, dois meses depois de Edmar ter escapado da cassação. Naquele mês, o deputado do castelo gastou os R$ 45 mil com materiais gráficos e despesas concernentes, deixando para novembro e dezembro os valores de R$ 5.699,40 e R$ 5.605,70, respectivamente. Todos os serviços foram para a Gráfica Granito, que funciona no bairro Parque Riachuelo, em Belo Horizonte (MG).

Outros gastos

A verba indenizatória é um benefício destinado aos deputados para cobrir gastos com consultorias, divulgação da atividade parlamentar, passagens aéreas, serviços postais e de telefonia. Esse direito funciona por meio de ressarcimento, no qual o parlamentar apresenta as notas fiscais de gastos realizados por ele. Cada parlamentar pode gastar até R$ 15 mil por mês com essas despesas. Por ano, cada parlamentar tem a disposição R$ 180 mil de verba.

Na prestação de contas do deputado do castelo aparecem também gastos com transporte aéreo, consultoria e serviços postais. No ano passado, Edmar usou um total de R$ 37.795,54 de verba indenizatória com emissão de passagens aéreas e fretamento de jatinhos. O parlamentar gastou R$ 12.200 com fretamentos feitos pela empresa Abelhas Air Serviços em Aviação Ltda. O deputado é um dos 115 parlamentares que tem o privilégio de viajar de jatinho.

Câmara gasta 2,8 milhões com fretamento de aviões

Com serviços postais, que incluem gastos com selos e envio de correspondência pelo correio, Edmar usou R$ 3.840,09 de sua verba. No item consultoria, pesquisas e trabalhos científicos, o deputado mineiro gastou a verba com pagamento a advogados nos meses, outubro e dezembro. Nesse período, Edmar gastou R$ 16 mil e R$ 8 mil, respectivamente, totalizando R$ 24 mil. Todo o serviço foi pago ao escritório Santos Rodrigues Advogados Associados.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ( PRESSÃO ALTA)

Tratamento da hipertensão
A hipertensão arterial primária não tem cura, mas o tratamento previne as complicações. Antes de prescrever a administração de medicamentos, é recomendável adotar medidas que estimulem hábitos de vida saudáveis.



Prevenção e tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial
Redução do peso

Porque existe relação direta entre peso corpóreo e pressão alta, é altamente recomendada a manutenção do peso ideal ou a redução do peso corporal. O peso ideal é medido pelo índice de massa corpórea (peso em quilogramas dividido pelo quadrado da altura em metros). IMC ideal entre 20 e 25 kg/m2.

Redução do sal

A dieta habitual contém 10 a 12g/dia de sal, valores acima dos recomendados para evitar a hipertensão. É saudável ingerir até 6 g/dia de sal correspondente a 4 colheres de café rasas de sal (4g) e 2g de sal presente nos alimentos naturais.

É possível reduzir o sal adicionado aos alimentos, evitando o saleiro à mesa e alimentos industrializados.

Maior ingestão de potássio

Pode ser útil na redução da pressão e prevenção da hipertensão arterial uma maior ingestão de potássio. Uma dieta rica em vegetais e frutas contém 2 a 4g de potássio/dia.

Os substitutos do sal contendo cloreto de potássio e menos cloreto de sódio (30% a 50%) são úteis para reduzir a ingestão de sódio e aumentar a de potássio.

Redução do consumo de bebidas

Para os consumidores de álcool, a ingestão de bebida alcoólica deve ser limitada a 30g álcool/dia, o que equivale a 600 ml de cerveja, 250 ml de vinho ou 60 ml de destilados (whisky, vodka, aguardente). Este limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso, mulheres, indivíduos com sobrepeso e/ou triglicérides elevados.

Vida ativa

Existe uma relação inversa entre grau de atividade física e incidência de hipertensão. A prática de exercícios físicos de forma regular reduz a pressão.

Tratamento medicamentoso da hipertensão arterial
Diversos tipos de medicamentos reduzem a pressão arterial através de mecanismos diferentes.

É recomendado que os medicamentos sejam prescritos de forma seqüencial de acordo com a resposta do paciente ao tratamento. Prescreve-se um medicamento e, se não for eficaz, interrompe-se e administra-se outro. Por vezes, é necessária a associação de fármacos diferentes.

Ao escolher um medicamento anti-hipertensivo, o médico leva em consideração fatores como: idade, sexo e etnia do doente; gravidade da hipertensão; presença de outras doenças, como diabetes ou valores elevados de colesterol; efeitos colaterais prováveis e custos dos medicamentos.

Habitualmente, os fármacos anti-hipertensivos são bem tolerados.

Mas qualquer anti-hipertensivo pode provocar efeitos colaterais, que devem ser informados ao médico para que ajuste a dose ou mude o fármaco.

Medicamentos anti-hipertensivos

Diuréticos tiazídicos são, geralmente, os primeiros medicamentos utilizados para tratar a hipertensão. Os diuréticos ajudam os rins a eliminar sal e água e diminuem o volume de líquidos em todo o organismo, reduzindo desse modo a pressão arterial. Os diuréticos também dilatam os vasos sanguíneos. Estes medicamentos são particularmente eficientes em pessoas de etnia negra, de idade avançada, em obesos e em pessoas que sofram de insuficiência cardíaca ou renal crônica. Exemplos: hidroclorotiazida.

Bloqueadores adrenérgicos bloqueiam os efeitos do sistema nervoso simpático, reduzindo assim o efeito do estresse na pressão arterial. Os betabloqueadores são especialmente eficientes nos indivíduos de etnia branca, nas pessoas jovens e nas que sofreram um enfarte de miocárdio, que possuam ritmos cardíacos acelerados, angina de peito ou enxaqueca. Exemplos: propranolol, atenolol.

Inibidores da enzima conversor da angiotensina diminuem a pressão arterial dilatando as artérias. São particularmente úteis nos indivíduos brancos, nas pessoas jovens, nas que sofrem de insuficiência cardíaca, nas que doença renal crônica ou a uma doença renal pela diabetes e nos jovens que manifestam impotência como resultado de um efeito secundário produzido pela ingestão de outro fármaco. Exemplos: captopril, enalapril.

Bloqueadores da angiotensina II diminuem a pressão arterial através de um mecanismo semelhante ao dos inibidores da enzima conversor da angiotensina. Devido ao modo como atuam (mais direto), os bloqueadores da angiotensina II parece causar menos efeitos secundários. Exemplos: losartam candersartan.

Antagonistas do cálcio provocam a dilatação dos vasos sanguíneos por um mecanismo completamente diferente. São particularmente úteis nas pessoas de etnia negra, de idade avançada e nas que sofrem de angina, de certos tipos de arritmias ou de enxaqueca. Exemplos: nifedipina, anlodipina.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

65 ANOS DEPOIS - HOLOCAUSTO JUDEU - 2ª GUERRA MUNDIAL - 27.01.1945



CAMPO DE CONCENTRAÇÃO ( EXTERMÍNIO DE JUDEUS) - AUSCHWITZ - BIRKENAU ) POLÔNIA
HOCAUSTO JUDEU - 27.01.1945

T E S T E S

FAÇAM OS TESTES ABAIXO, USANDO SÓMENTE A MENTE...




Olhem só que interessante.

Coisa de doido.

Potencial de inteligência
1º TESTE:

Foi descoberto que o nosso cérebro tem um Bug. Aqui vai um pequeno
exercício de cálculo mental !!!! Este cálculo deve fazer-se mentalmente
(e rápidamente), sem utilizar calculadora nem papel e caneta!!! Seja
honesto... faça cálculos mentais...

Tens 1000, acrescenta-lhe 40. Acrescenta mais 1000. Acrescenta mais 30 e
novamente 1000. Acrescenta 20.. Acrescenta 1000 e ainda 10. Qual é total?

.
.
.
.
.

(resposta abaixo)
O teu resultado = 5000

A resposta certa e 4100 !!!!

Se não acreditar, verifique com a calculadora. O que acontece e que a
sequência decimal confunde o nosso cérebro, que salta naturalmente para
a mais alta decimal (centenas em vez de dezenas).

------------------------------------------------------------------------



2º TESTE:

Rápido e impressionante: conte, quantas letras 'F' tem no texto abaixo
sem usar o mouse:


FINISHED FILES ARE THE RE-
SULT OF YEARS OF SCIENTIF-
IC STUDY COMBINED WITH
THE EXPERIENCE OF YEARS

Contou? Somente leia abaixo depois de ter contado os 'F'.



OK?



quantos??? 3??? Talvez 4???




Errado, são 6 (seis) - não é piada! Volte para cima e leia mais uma
vez! A explicação está mais abaixo


O cérebro não consegue processar a palavra 'OF'.

Loucura, não?
Quem conta todos os 6 'F' na primeira vez é um 'gênio', 3 é normal, 4 é
mais raro, 5 mais ainda, e 6 quase ninguém.


------------------------------------------------------------------------

3º TESTE: Sou Diferente? Faça o teste.


Alguma vez já se perguntaram se somos mesmo diferentes ou se pensamos a
mesma coisa? Façam este exercício de reflexão e encontrem a resposta!!!
Siga as instruções e responda as perguntas uma de cada vez MENTALMENTE e
tão rápido quanto possível mas não siga adiante antes de ter respondido
a anterior.
E se surpreendam com a resposta!!!

Agora, responda uma de cada vez:


Quanto é:

15+6


....21...



3+56



.....59...



89+2




...91...


12+53


......65...



75+26




....101...





25+52





....77...



63+32





...95....





Sim, os cálculos mentais são difíceis mas agora vem o verdadeiro teste.
Seja persistente e siga adiante.




123+5





..128....







Rápido! PENSE EM UMA FERRAMENTA E UMA COR!










E siga adiante







Mais um pouco...








Um pouco mais...





Pensou em um martelo vermelho, não é verdade??? Se não, você
faz parte de 2% da população que é suficientemente diferente para pensar
em outra coisa.
98% da população responde martelo vermelho quando resolve este exercício.
Seja qual for a explicação para isso, mandem para seus amigos para que
vejam se são normais ou não!!


____________________________________________

O nosso cérebro é doido !!!

De aorcdo com uma peqsiusa

de uma uinrvesriddae ignlsea,

não ipomtra em qaul odrem as

Lteras de uma plravaa etãso,

a úncia csioa iprotmatne é que
a piremria e útmlia Lteras etejasm

no lgaur crteo. O rseto pdoe ser

uma bçguana ttaol, que vcoê

anida pdoe ler sem pobrlmea.

Itso é poqrue nós não lmeos

cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa

cmoo um tdoo.


Sohw de bloa.


Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia
corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4
M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R
CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O!
NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45
N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O
CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M
PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R
B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3!
P4R4BÉN5!





"A vida só pode ser compreendida quando se está pronto para entrar no desconhecido"
Rajneesh

VENEZUELA E BRASIL - MEIOS DE COMUNICAÇÃO SÃO CENSURADOS. VERGONHA NACIONAL!!!



ABAIXO A CENSURA AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO EM TODO O MUNDO - MÍDIA LIVRE!!!

JORNAL O ESTADO DE S. PAULO - BRASIL - CENSURADO



Opinión59, Política e Economia

A tentativa de silenciar a RCTV

Enviado por Bethany Perez Alvarez | January 27, 2010 @ 8:20



Em 27 de maio de 2007, Venezuela testemunhou um dos mais lamentáveis na história dos meios de comunicação na Venezuela: o fechamento da RCTV. Um pouco menos de três anos, este episódio se repete como o sinal de RCTV Internacional foi suspenso.

Radio Caracas Televisión (RCTV) é um dos canais de TV da Venezuela. Fundada em 15 de novembro de 1953 pelo empresário venezuelano e explorador William H. Phelps Jr., o terceiro canal RCTV foi fundada na Venezuela e depois do desaparecimento de seus antecessores, é a estação de televisão mais antigo do país.

Em 27 de maio de 2007, o Governo Nacional decidiu não renovar concessão da RCTV, e, portanto, deixou de transmitir o seu sinal através do canal de radiofreqüência 2 VHP aberta e quase sem interrupção. Foi assim que surgiu um novo canal: RCTV Internacional, que foi transmitido às empresas de televisão por subscrição.

Em 24 de Janeiro de 2010, o sinal de RCTV Internacional, suspensa novamente. Conatel através do Ministro Diosdado Cabello, argumentou que cumpria os requisitos de transmissão e que a maioria da sua produção é feita na Venezuela.

No entanto, não é segredo que as verdadeiras razões para tanto o fechamento da RCTV é política. Radio Caracas Televisión nunca escondeu sua inclinação política e verdade que tem repetidamente criticado as ações do governo Nacional rígido. Isto tem levado o Executivo a tomar medidas contra o canal venezuelano.

RCTV Ambos os encerramentos não são mais do que uma tentativa de silenciar a mídia que discordam da política do Governo. No entanto, os diversos meios defender seu trabalho de informar e não esconder seus pontos de vista a realidade venezuelana. É por isso que a saída da RCTV do ar é rejeitada Internacional como um novo e importante restrições à liberdade de pensamento, de expressão e informação.

- Bethany Perez Alvarez

ACESSAR:- LINK ACIMA " RCTV INTERNACIONAL - VENEZUELA - CENSURA"

PARLAMENTARES APOSENTADOS - VERGONHA NACIONAL!!!

Parlamentares aposentados custarão este ano R$ 87 milhões

Deputados e senadores que se aposentaram pelo antigo IPC ainda continuam gerando custos à União



Enquanto aposentados protestam, Congresso gasta R$ 87 milhões com a previdência de velhos parlamentares
Edson Sardinha

Além dos 513 deputados e 81 senadores, o contribuinte brasileiro ajuda a sustentar outro Congresso, que só existe na folha de pagamento da Previdência e custará R$ 87 milhões à União apenas este ano. Esse é o valor que os orçamentos da Câmara e do Senado reservam em 2010 para despesas com aposentadoria e pensão de 2.663 ex-parlamentares, dependentes e servidores vinculados ao Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC), extinto em 1999.

O montante, que equivale a 170 mil salários mínimos, daria para bancar por 12 meses a aposentadoria de 14.215 contribuintes que recebem o piso previdenciário, que é de R$ 510. Apenas nos últimos três anos, a União gastou R$ 250,24 milhões com aposentadorias e pensões de ex-parlamentares e dependentes. Cerca de 550 ex-deputados e 80 ex-senadores estão aposentados pelo antigo instituto de previdência parlamentar, que também contempla cerca de 600 viúvas de ex-deputados e senadores. No final do ano passado, a Câmara foi tomada por aposentados, que pressionavam pelo fim do fator previdenciário para os servidores públicos e pela aprovação do projeto do senador Paulo Paim (PT-RS), que vincula o reajuste da Previdência ao salário mínimo. Os dois temas ainda voltarão à pauta este ano.

O IPC foi extinto pela Lei 9.506/97, que criou o Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC). A nova norma preservou os direitos dos parlamentares que exerceram o mandato até o começo de 1999 e repassou a conta para a União. As despesas são contabilizadas no orçamento do Congresso. A lei orçamentária deste ano prevê que os gastos com ex-parlamentares, dependentes e servidores vinculados ao instituto vão chegar a R$ 71 milhões na Câmara e a R$ 16 milhões no Senado.

Aposentadoria com oito anos

Pela regra anterior, o congressista era obrigado a se associar ao IPC. Ele podia requerer a aposentadoria proporcional com oito anos de mandato desde que tivesse pelo menos 50 anos de idade. Nesse caso, tinha direito a receber 26% do subsídio parlamentar, o que daria hoje R$ 4,26 mil, considerando-se o atual salário de R$ 16,5 mil dos parlamentares. O benefício integral só era garantido ao deputado ou senador que comprovasse ter cumprido 30 anos de mandato, ou que tivesse se aposentado por acidente de trabalho ou invalidez.

O parlamentar podia inscrever a companheira e os filhos menores de 21 anos ou inválidos, por exemplo, para receberem a pensão no caso de morte. Nesse caso, porém, os pensionistas tinham direito a receber apenas a metade do benefício pago pelo Congresso.

Algumas aberturas da norma facilitavam a vida dos ex-congressistas. Quem havia cumprido o período mínimo de contribuição podia se aposentar anos mais tarde, assim que completasse meio século de vida. No caso de invalidez, mesmo que não tivesse acumulado oito anos de contribuição, o parlamentar podia se aposentar com o equivalente a 13% dos subsídios.

Para alcançar os 30 anos de mandato, o congressista podia invocar o período em que contribuiu como servidor público no exercício de outros cargos, fazendo a chamada averbação. Nesse caso, tinha de recolher pelo tempo de contribuição fora da Casa e arcar com a cota patronal.

Cada congressista contribuía com algo em torno de 7% a 9% do subsídio parlamentar. A Câmara e o Senado retribuíam, pagando o mesmo percentual pela cota patronal. Como o instituto era considerado uma previdência privada, o parlamentar podia acumular o benefício com outras aposentadorias, no serviço público ou na iniciativa privada.

Servidores das duas Casas também podiam se vincular ao IPC. Mas as regras eram menos generosas com os funcionários, o que explica por que poucos continuaram vinculados ao extinto programa. A maioria deles se desvinculou do programa em 1999, quando o IPC teve suas atividades encerradas em meio a denúncias contra seus dirigentes.

O instituto contava, na época, com cerca de 50 imóveis e uma conta equivalente a 1,5 milhão de dólares no banco. O dinheiro foi repassado à União e os imóveis, distribuídos entre a Câmara e o Senado. Quem não quis continuar no programa recebeu o valor da contribuição de volta.

O Congresso em Foco procurou as assessorias de imprensa da Câmara e do Senado para saber quantos ex-deputados, ex-senadores, dependentes e servidores recebiam pelo IPC. A Câmara respondeu que não tinha condições de fazer o levantamento em tempo hábil. O Senado não retornou o contato da reportagem.

Assim que toma posse, o deputado ou senador tem atualmente três opções: aderir ao plano dos congressistas, contribuir pelo regime geral, da iniciativa privada (INSS), ou pelo regime jurídico único se for servidor público.

Sucessor do IPC, o Plano de Seguridade Social dos Congressistas é considerado menos atraente pelos parlamentares. Para se ter ideia, apenas 160 dos 513 deputados aderiram ao PSSC. Até hoje, somente 14 deputados se aposentaram pelo programa.

Para continuar recebendo os R$ 16,5 mil quando se aposentar, o parlamentar precisa ter 60 anos de idade e 35 anos de mandato. O congressista ainda pode requerer o benefício integral por invalidez permanente ou acidente de trabalho caso a moléstia ou o acidente ocorram durante o mandato.

Com 60 anos de idade e 35 anos de contribuição em qualquer sistema previdenciário, o congressista tem direito à aposentadoria proporcional, a partir de 26% do subsídio parlamentar. Ao contrário do IPC, a aposentadoria pelo PSSC não pode ser acumulada com outro benefício.

Apesar de extinto há 11 anos, alguns parlamentares da atual legislatura na Câmara e no Senado ainda estão sujeitos às regras e aos benefícios do IPC. É o caso, por exemplo, do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), dos senadores Alvaro Dias (PSDB-PR) e Pedro Simon (PMDB-RS) e dos deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), no exercício do mandato desde 1971, Miro Teixeira (PDT-RJ) e Inocêncio Oliveira (PR-PE), ambos no nono mandato.

No início de 2007, 13 deputados se aposentaram pela Câmara. Entre eles, o ex-líder do PP José Janene (PR), então com 51 anos, acusado de ser um dos operadores do mensalão. O deputado paranaense, que se livrou da cassação no plenário, foi o único entre seus colegas a se aposentar com o benefício integral, ou seja, R$ 16,5 mil. Segundo a perícia médica da Casa, ele sofria de uma cardiopatia grave.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

EXÉRCITO AMERICANO NO HAITI - NÃO SAIRÃO TÃO CEDO!

Antonio Ramalho da Rocha: "EUA não sairão tão cedo do Haiti"

Em entrevista a ÉPOCA, professor da UnB diz que a comunidade internacional terá que se acostumar com o protagonismo americano e evitar que o Haiti continue sendo um "cemitério de projetos"

José Antonio Lima


AJUDA HUMANITÁRIA
Fuzileiros navais dos Estados Unidos descarregam alimentos e água para sobreviventes em Leogane, no Haiti
O protagonismo exercido pelos Estados Unidos no esforço para recuperar o Haiti após o terremoto devastador do dia 12 causou muita polêmica. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, se apressou em dizer que o Brasil, líder da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), ficaria mais cinco anos no país caribenho. O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, chegou a dizer que os EUA tinham "anexado" do aeroporto de Porto Príncipe. E o eterno crítico dos EUA Hugo Chávez, presidente da Venezuela, afirma que o envio de 20 mil soldados para o Haiti é uma "ocupação".

A diplomacia americana se esforça para evitar esse tipo de crítica e na sexta-feira (22) a Casa Branca repetiu que "respeita a soberania" do Haiti. Para o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Antonio Jorge Ramalho da Rocha, quem está incomodado com a atuação americana terá que se acostumar a ela. "Os EUA sempre terão uma presença importante no Haiti", disse ele a ÉPOCA.

Ramalho da Rocha, que passou um ano e meio no Haiti e ajudou a implantar o Centro de Estudos Brasileiros em Porto Príncipe, alerta que o papel americano é fundamental para a reconstrução do Haiti, mas que a comunidade internacional precisará, assim que possível, mudar o perfil da Minustah. Segundo ele, para evitar o desgaste natural que afeta todas as missões estrangeiras, é preciso privilegiar ações concretas de desenvolvimento econômico e trabalhar para fortalecer o Estado haitiano, fazendo com que o país deixe de ser "um cemitério de projetos".



ÉPOCA – Os EUA ainda têm mais de 100 mil soldados no Iraque e 66 mil no Afeganistão. No Haiti, o número de soldados chegou a 15 mil. Quais são as motivações americanas?
Ramalho da Rocha – São dois fatores. O primeiro é o temor do surgimento de ondas de imigrantes ilegais, o que aumenta muito na situação atual. O outro é a percepção de que há no Haiti a necessidade de estabelecer uma governança física para que seu território não seja usado com o fim de promover ou dar guarida a crimes como o tráfico de drogas. Além disso há uma pressão da comunidade haitiana nos EUA, que se concentra principalmente em Miami. É uma comunidade importante, menos que a cubana, mas não deixa de ter capacidade de influenciar. Tudo isso sem contar a comoção geral e o fato de o Haiti ser uma oportunidade para o presidente Obama, que está sofrendo uma série de desgastes, mostrar uma capacidade de iniciativa em prol de uma causa percebida pela população americana como nobre.


ÉPOCA – O tamanho da devastação causada pelo terremoto deixa claro que será um trabalho de anos para recuperar o país. Os EUA não fazem parte da Minustah. É possível crer que vão deixar o Haiti após determinado período?
Ramalho da Rocha – Eles não pretendem sair tão cedo e terão sempre uma presença importante no Haiti. Os EUA têm oficiais de ligação e mesmo na Minustah a presença americana não é nula. Eles não contribuem com tropas, mas há funcionários da ONU no Haiti que são americanos, como alguns da área de inteligência. E os recursos que eles mandam para o país por meio da embaixada americana são vultosos. O Brasil, por exemplo, consegue investir em cooperação cerca de US$ 1 milhão por ano, enquanto o último orçamento dos EUA para o Haiti, aprovado em 2008 e válido por três anos, previa ajuda de US$ 500 milhões.


ÉPOCA – E há alguma chance de os EUA abrirem mão de seu protagonismo no Haiti?
Ramalho da Rocha – Eles vão participar impondo ou negociando os seus pontos de vista, com papel atuante, mas isso não significa que estejam disputando uma preponderância política no Haiti. A tendência é uma articulação entre os EUA e os outros países que lá estão. Há um reconhecimento explícito dos EUA ao êxito do trabalho brasileiro, militar e diplomático, e não acredito que isso vai diminuir. É muito provável que neste caso eles se amparem muito no Canadá, que tem um grande interesse na estabilização do Haiti.


"Nenhum povo gosta de ver tropas estrangeiras em seu país, mesmo em missão de paz. No caso do Haiti isso é mais grave, porque eles têm um orgulho nacional muito elevado, um amor próprio muito elevado, já foram invadidos mais de uma vez"


ÉPOCA – O que motiva o Canadá?
Ramalho da Rocha – Para o Canadá a situação do Haiti é até mais importante do que para os EUA. O país tem uma comunidade muito grande de haitianos, principalmente no Quebec, e a governadora-geral do Canadá [Michaelle Jean] é haitiana de nascimento. Essa imigração foi muito forte durante o auge da ditadura de [François] Duvalier (1957-1971) e hoje muitos são professores universitários, médicos, profissionais liberais. São pessoas com uma capacidade de influência política muito grande. Para o Canadá, mal comparando, o Haiti equivale a Cuba para os EUA. Não é apenas uma questão de política externa, mas também de política interna, pois há uma opinião pública interessada no Haiti articulada e atuante. Tanto é assim que o Haiti é o segundo país que mais recebe auxílio do governo canadense, atrás do Afeganistão. Juntos, Afeganistão e Haiti recebem 80% da ajuda externa do Canadá.


ÉPOCA – Logo após o terremoto, algumas declarações de membros do governo do Brasil e da França deixaram claro o desconforto com a intensidade da atuação americana. O que provocou essa reação? O senhor acredita que essa situação vai se perpetuar durante a reconstrução?
Ramalho da Rocha – Essa situação teve vida curta, pois já houve um acordo com o governo do Haiti [pelo qual os EUA vão coordenar a ajuda humanitária e a ONU a segurança do país]. O que houve ali foi uma inabilidade diplomática dos EUA, como no caso das bases na Colômbia. Se você olhar para o documento, vai ver que eles tinham todo o direito de fazer um acordo naqueles termos, mas teria sido mais inteligente avisar os outros países antes de publicá-lo. Isso é básico na diplomacia e não foi feito. O que houve no Haiti é que a torre do aeroporto de Porto Príncipe foi destruída e o radar inutilizado. Havia duas alternativas: ou colocavam o radar para funcionar ou o aeroporto ficaria sem nenhuma condição de segurança. Os americanos chegaram e, com essa falta de habilidade, assumiram o aeroporto porque presumiram que o custo associado a isso era menor que deixar os aviões pousarem sem que alguém controlasse os voos. Mas esse episódio já foi contornado. As pessoas ficam querendo ampliar os dissensos surgidos em um momento de estresse para todo mundo...


ÉPOCA – Alguns analistas chegaram a classificar esse início de disputa entre Brasil e EUA no Haiti como uma segunda parte do episódio em Honduras. Para o Brasil o que interessa mais no Haiti é cooperar com os EUA, não é?
Ramalho da Rocha – Sem dúvida. O Brasil está muito bem posicionado. Além do reconhecimento do trabalho feito até aqui, há uma tendência de que um volume maior de responsabilidades seja confiado ao Brasil, precisamente porque têm uma capacidade de empatia maior com a sociedade haitiana. Os brasileiros têm uma facilidade política para fazer suas propostas, entre outras razões porque também somos um país em desenvolvimento, já há uma predisposição dos haitianos de encarar nossas atitudes de uma maneira menos defensiva do que as dos americanos. Há todo um contexto político do qual o Brasil faz parte em posição favorável, que vem sendo usada habilmente com bons resultados tanto para a imagem do país quanto para a população haitiana.


"Desde os anos 60 o Haiti recebe ajuda internacional em quantidade generosa, a maior parte dos recursos vai com um carimbo específico, é recebido com muita educação, mas os projetos não se materializam"


ÉPOCA – Na terça-feira, tropas americanas ocuparam o palácio do governo em Porto Príncipe para prestar ajuda, e parte da população local questionou essa ação. Qual deve ser a reação dos haitianos se a presença americana se prolongar?
Ramalho da Rocha – Esse episódio mostrou também a falta de tato dos americanos. Eles poderiam ter juntado policiais haitianos, ou levado uma bandeira do Haiti para mostrar que aquilo era uma ação concertada com o governo do país, mas essa imagem não foi transmitida. A tendência que se observa, não só no caso do Haiti, mas em todas as missões de paz da ONU, é o seguinte: quanto mais o tempo passa, quanto mais longa é a permanência de tropas estrangeiras, mais desgastada ela é. Nenhum povo gosta de ver tropas estrangeiras em seu país, mesmo em missão de paz. No caso do Haiti isso é mais grave, porque eles têm um orgulho nacional muito elevado, um amor próprio muito elevado, já foram invadidos mais de uma vez e se sentem muito mal com a presença internacional, mesmo sendo muito cuidadosa, como é principalmente a dos militares brasileiros. Esse desgaste já existia antes do terremoto, existe ainda e vai existir no futuro. É preciso que se transmita à população haitiana a ideia de que a missão tende a transformar sua face – reduzir a presença militar, criar operação policial e ser voltada para o desenvolvimento sócio-econômico. Isso já estava ocorrendo, mas o terremoto vai retardar o processo. E há ainda um outro fator complicador. A elite haitiana usa a presença internacional para se eximir de certas responsabilidades. Por exemplo, em abril de 2008, quando houve uma onda de violência associada ao preço dos alimentos, os governantes haitianos, em vez de usarem sua polícia para reprimir a população, pediram às tropas da ONU que o fizessem, porque era mais confortável. Há um custo político na repressão, que foi transferido para a comunidade internacional, e isso não ocorreu apenas naquela ocaisão.


ÉPOCA – O Brasil vinha fazendo pedidos, antes do terremoto, para que essa mudança no perfil da missão fosse feita. Após a tragédia, essas cobranças, direcionadas à ONU e aos EUA, vieram à tona. Qual é o motivo da demora?
Ramalho da Rocha – Essa mudança depende de acordo no seio do Conselho de Segurança e essa é uma das dificuldades porque as negociações no Conselho levam em conta um conjunto de fatores, não só aqueles diretamente ligados ao Haiti. Outra dificuldade tem a ver com a realização das eleições previstas para o final deste ano. A expectativa é que a missão permaneça com o perfil atual até a transição, quando o presidente René Préval deve passar o poder a outro presidente legitimamente eleito. Isso marcaria uma etapa no Estado haitiano, pois somente uma vez na história do país um presidente eleito passou o poder para outro presidente eleito [foi o mesmo René Préval, que em 2001 foi substituído por Jean Bertrand Aristide, posteriormente derrubado]. É possível que essa eleição seja também postergada devido à situação do país, o que atrasaria ainda mais a mudança do perfil da Minustah.
ÉPOCA – Na segunda-feira (18), dois membros do Comitê para a Anulação da Dívida do Terceiro Mundo escreveram artigo no jornal francês Le Monde detalhando o crescimento da dívida externa e a responsabilidade dos EUA e da França nessa questão. Segundo eles, o perdão dessa dívida é essencial para a recuperação do Haiti. Qual é a real possibilidade de isso ocorrer?
Ramalho da Rocha – O Haiti já é considerado um país daquele grupo de nações mais pobres que pode receber esse tipo de apoio da comunidade internacional e alguns países até já perdoaram a dívida. Mas não é isso que tem estagnado o Haiti. O que impede a evolução dos níveis sócio-econômicos do país é a incapacidade de o Estado materializar a ajuda internacional que existe. Depois dos furacões de 2008 [o furacões Fay, Gustav, Hanna e Ike atingiram o país naquele ano] muito dinheiro foi prometido ao Haiti, mas uma parte não chegou. O governo brasileiro criticou isso, mas o fato é que a parte que foi colocada à disposição não foi plenamente utilizada. Isso indica que falta capacidade técnica ao governo haitiano para produzir resultados concretos para a população. Esse é um problema grave, e que não surgiu hoje e que não guarda relação com a dívida. Perdoar a dívida vai ajudar? Sem dúvida, mas não é verdade que por conta da dívida não sobra dinheiro para outra coisa. A preocupação maior é constituir uma capacidade gerencial no Haiti, por haitianos, para que eles façam frente aos desafios que a sociedade haitiana tem.


ÉPOCA – E como isso vai ser feito?
Ramalho da Rocha – No Timor Leste, isso foi feito pela ONU [com a participação de Sérgio Vieira de Mello] porque não havia Estado. No caso do Haiti, isso terá que ser feito com a anuência e o envolvimento do presidente eleito. Em novembro de 2007, o governo haitiano entregou ao Fundo Monetário Internacional (FMI), ao Banco Mundial e ao grupo de países doadores um projeto de investimentos de curto e médio prazo, que apontam para o final do ano que vem. Isso foi resultado de um consenso político muito arduamente construído nos últimos anos, mas se não for feito de forma apropriada pelo governo haitiano não vai ter proveito. Desde os anos 60, o Haiti recebe ajuda internacional em quantidade generosa, a maior parte dos recursos vai com um carimbo específico, é recebido com muita educação, mas os projetos não se materializam. Eles não entendem que aquilo tem que ser feito, mas sim que estão respondendo a um chamado estrangeiro. Então usam os recursos, mas não resolvem os problemas. O atual governo haitiano assumiu um conjunto de responsabilidades que já está no papel. É preciso retomar esse acordo, observar o que precisa ser transformado em função do terremoto e ver quais são as prioridades. Entre elas há ações concretas de fortalecimento do Estado, de desenvolvimento econômico, principalmente no meio rural e no setor de turismo, de organização do Judiciário, de infraestrutura. Já há um marco político que serve de base para o trabalho de reconstrução, e não é um marco imposto por um estrangeiro, mas sim decidido por um governo eleito democraticamente. Se não for assim, será dinheiro jogado fora, porque há alguns anos transformaram o Haiti em um cemitério de projetos.


ÉPOCA – Se esse trabalho der certo, ainda que seja difícil dizer o que é ‘dar certo’, será um caso inédito de sucesso da comunidade internacional?
Ramalho da Rocha – Dificilmente o Haiti se reerguirá sozinho, sem o auxílio da comunidade internacional, mas essa ajuda não pode ser paternalista. Ela tem que envolver uma decisão política e um compromisso do governo. Angola, por exemplo, contou com ajuda internacional e vem se erguendo, enquanto o Timor Leste ainda é uma incógnita. O que não resta dúvida é que é preciso um apoio financeiro, técnico e político da comunidade internacional.



Comentários

ARVÃO | SP / São José dos Campos | 26/01/2010 12:12

...E NÃO DEVEM SAiR MESMO!!!
RUIM COM ÊLES, PIOR SEM ÊLES! COM CERTEZA IRÃO MORALIZAR ESTE PSEUDO PAÍS, QUE NA VERDADE, NÃO PASSA DE UM RASCUNHO DE UMA REPUBLIQUETA MISERÁVEL E CORRUPTA. DEVEM " BUSCAR" O BABY DOC, PROTEGIDO DO SARKOZY, FAZER COM QUÊ ENTREGUE OS MILHÕES DE DOLÁRES DESVIADOS DÊSTE PAÍS E JULGÁ-LO, CONDENANDO-O À FORCA, COMO FIZERAM COM O SADAM. FALANDO EM SADAM, ONDE ESTÁ ESCONDIDO, EM QUAL CIDADE DA FRANÇA, ESTARÁ ESTE PÁRIA QUE TEM A ALCUNHA BOIOLOSA DE " BABY" DOC? O SARKOZY DEVE RESPONDER. OBAMA, MANTENHA O EXÉRCITO AMERICANO NO HAITI, SIM! O RESTO É FIGURAÇÃO E CHORAMINGOS. ARVÃO


ACESSAR VÍDEO LINK ACIMA:- JEAN CLAUDE DUVALIER, O BANDIDO QUE ROUBOU E MATOU O POVO HAITIANO

LEONARDO PRUDENTE, O BANDIDO IMPRUDENTE!

Leonardo Prudente renuncia à presidência da Câmara Legislativa do DF



Deputado é investigado por envolvimento no mensalão do DEM de Brasília. Em um vídeo, Prudente apararece colocando maços de dinheiro nas meias

Redação Época, com Agência Brasil

O presidente afastado da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Leonardo Prudente (sem partido, ex-DEM), encaminhou carta à Mesa Diretora da Casa comunicando sua renúncia ao cargo. O documento foi recebido pelo corregedor, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), na manhã desta segunda-feira (25), mas está datado do dia 21 de janeiro, última quinta-feira.

Prudente é um dos envolvidos no mensalão do DEM em Brasília, esquema de distribuição de proprina revelado em novembro pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Em um dos vídeos gravados por Durval Barbosa, pivô do escândalo, Prudente aparece colocando maços de dinheiro nas meias. O deputado foi afastado da presidência da Câmara no dia 18 de janeiro, por decisão judicial.

Segundo Ribeiro, pelo regimento interno, a renúncia não retira do cargo de vice-presidente o deputado Cabo Patrício (PT), que comanda a Casa desde o afastamento de Prudente. Patrício é integrante da oposição do governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), também envolvido no mensalão. Havia pressão do governo para a renúncia de Prudente, o que abre a possibilidade de eleger para o cargo um outro deputado governista.

A Câmara Legislativa tem sete dias para eleger o novo presidente, e o assunto deverá ser discutido a partir da tarde de segunda-feira, no início dos trabalhos do plenário, convocado por Patrício.

ÉPOCA publicou na sexta-feira (22) reportagem que levanta suspeita também sobre o esquema de pagamento de propina já funcionar durante a gestão do ex-governador Joaquim Roriz. Leia O berço do esquema do panetone.

Comentários

ARVÃO | SP / São José dos Campos | 26/01/2010 12:04
SODOMA E GOMORRA = BRASÍLIA
Senhores, esta "NOVA CAP", nome dado á Brasília, foi um meio de bandidos políticos ou políticos bandidos se locupletarem., o que deve ter havido de roubo, desvio e outras maracutaias descaradas, na construção desta cidade é assunto inimaginável e escabroso. Todos roubaram e continuam a roubar! A população APÁTICA e DESNORTEADA, não toma as devidas providências que seria a de PARALISAR esta cidade, colocando estes corruptos na CADEIA. E a "polícia" psicológicamente má conduzida e achando-se a tal, ATACA as meias dúzias de pessoas que querem MORALIZAR esta cidade. E o "DESGOVERNO FEDERAL" tudo vê e nada faz... Pior que SODOMA E GOMORRA... a população está a sofrer nas mãos destes DESCARADOS BANDIDOS!!! AJAM! PROTESTEM! UNAM-SE! FAÇAM PASSEATAS! SÓ ASSIM, ALGUMA COISA, PODERÁ ACONTECER. A cidade de ITAJUBÁ/MG, deve estar ENOJADA deste seu filho, que é o Arruda, BANDIDO e SALAFRÁRIO!!! PAU NÊLES!!!


ACESSAR:- VÍDEO LINK ACIMA " LEONARDO PRUDENTE, O BANDIDO IMPRUDENTE!

LEDA NAGLE

Leda Nagle dá aula de comunicação e mostra a importância do “saber ouvir”

Parabólica - Vanucci



É fundamental saber ouvir para contar uma história envolvente. Foi mais ou menos desta forma que a apresentadora Leda Nagle definiu, durante o programa “Sempre um Papo”, o verdadeiro trabalho de um jornalista. Foi uma grande aula para quem deseja ingressar nessa carreira e também para os apaixonados por televisão. Neste final de semana, a TV Câmara reapresentou a edição de “Sempre um Papo” que colocou a apresentadora para ser questionada por estudantes e professores mineiros. Quem assistiu ao programa não conseguiu trocar de canal, afinal Leda Nagle é uma pessoa envolvente e com grande experiência na arte da comunicação.
O papel do jornalista, a importância da informação, fama, celebridades, o perigo da censura e as novas mídias estiveram em debate em pouco menos de uma hora. Ao abordar a transmissão de notícias através da internet, Leda Nagle foi a um ponto crucial: a credibilidade dos sites e páginas num veículo onde todo mundo copia todo mundo, sem checar a procedência da informação e assim perpetua a mentira. A jornalista reconhece que esta é uma mídia necessária e aponta para o futuro com sua convergência, mas que os exageros precisam ser evitados.

Programa Sempre um Papo. Leda Nagle. Direção: Raquel Alvarez . Produção: Sempre um Papo. Captação e finalização: Caturra Digital. Data: 11/07/2009

ACESSAR:- VEJA LINK ACIMA - LEDA NAGLE E SABER OUVIR

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

ACIDENTE COM AVIÃO DA ETHIOPIAN AIRLINES

Governo libanês descarta sabotagem em queda de avião da Ethiopian Airlines




Equipes de resgate informaram terem retirados pelo menos 23 corpos do mar, até o momento, em decorrência da queda do Boeing que caiu no mar nesta segunda-feira, no Líbano. O mau tempo e o mar agitado dificultam o trabalho do resgate. A aeronaval levava 82 passageiros e 8 tripulantes.

As causas do acidentes ainda estão sendo investigadas, porém o presidente do Líbano, Michel Suleiman, descartou um atentado terrorista em conferência com a imprensa.

O primeiro-ministro Saad Hariri declarou a segunda-feira como feriado nacional de luto pelas vítimas. Entre os passageiros, estava a mulher do Embaixador francês em Beirute, Marla Peitton.

ACESSE:- LINK "CRASH ETHIOPIAN AIRLINES" ACIMA

COCAÍNA NA NASA ( EUA) - AGÊNCIA ESPACIAL AMERICANA

Investigação sobre cocaína achada em
unidade da Nasa será conduzida a nível federal
Escritório do inspetor-general da agência cuidará do caso, confirma Washington

Do R7.

Foto por Creative Commons
Funcionários da agência espacial americana encontraram papelote de cocaína em prédio de manutenção do ônibus espacial Discovery.
.A investigação sobre a origem de um papelote de cocaína que foi encontrado em uma unidade de manutenção de ônibus espaciais da Nasa no último dia 12 ficará nas mãos do escritório do inspetor-geral da agência especial norte-americana, informou neste sábado (23) o jornal Florida Today.

O porta-voz do Centro Espacial Kennedy, Allard Beutel, explicou que a investigação será conduzida a nível federal.

- É a jurisdição deles porque possuir cocaína é um crime federal, esta é uma instalação federal e eles são investigadores federais.
Renee Juhans, porta-voz do governo americano em Washington, confirmou que o escritório do inspetor-general da Nasa cuidará da investigação, mas se recusou a dar mais detalhes sobre o caso.

A agência espacial declarou ao jornal News 13, da Flórida, que uma pequena quantidade da droga foi encontrada no dia 12 em um saco plástico no prédio número 3 do orbitador, local onde está sendo preparado o ônibus espacial Discovery para levar os astronautas em março. É na Flórida que fica o Centro Espacial Kennedy, de onde partem foguetes e ônibus espaciais.


Confira também
Nasa encontra cocaína em ônibus espacial
..A agência espacial revelou que esta área é restrita a 200 pessoas, incluindo trabalhadores com contrato e funcionários públicos.

A agência espacial disse que vai conferir todo o equipamento para garantir que a substância não cause problema nos sistemas do ônibus espacial.

A Nasa e as empresas terceirizadas que trabalham para ela não toleram drogas no ambiente de trabalho. Os empregados podem ser processados e demitidos por delitos como este.

Mesmo assim, a agência espacial americana diz que não há indício de que qualquer empregado tenha trabalhado sob influência da droga.

VOO TABAN AIR - 6437 - TUPOLEV TU - 154 M

Voo Taban Air 6437
Origem: Wikipédia.



Um Tupolev Tu-154M da Kolavia, semelhante à aeronave acidentada

Sumário
Data 24 de Janeiro de 2010
Causa do acidente Em investigação
Local Aeroporto Internacional de Mashhad, Irã
Origem Aeroporto Internacional de Isfahan, Irã
Destino Aeroporto Internacional de Mashhad, Irã
Passageiros 157
Tripulantes 13
Mortos nenhum
Feridos 42
Sobreviventes 170 (todos)
Aeronave
Modelo Tupolev Tu-154M
Operador Taban Air
Prefixo RA-85787
Primeiro voo 1993
Primeiro voo 1993
O voo 6437 da Taban Air é uma linha doméstica iraniana que tornou-se conhecida pelo acidente ocorrido em 24 de janeiro de 2010. A aeronave envolvida, um Tupolev Tu-154, incendiou-se durante a aterrisagem no Aeroporto Internacional de Mashhad, na cidade iraniana homônima. Todos os 170 ocupantes a bordo sairam com vida.

Aeronave
A aeronave envolvida foi um Tupolev Tu-154M. Seu registro era RA-85787. O primeiro voo foi em 1993.

Acidente
O voo 6437 estava sendo operado pela Kolavia em nome da Taban Air. Segundo o porta-voz da Agência Iraniana de Aviação Civil, o avião havia deixado a cidade de Abadan, no sudoeste do Irã, no sábado, dia 23, mas o mau tempo forçou a aeronave a pousar no aeroporto de Isfahan pela noite. No domingo, dia 24, o avião partiu para Mashhad, onde passou por intenso nevoeiro, incendiando-se durante a aterissagem. Todos os passageiros e tripulantes sobreviveram ao acidente, mas resultando em pelo menos 46 feridos.

Investigação
A Agência Iraniana de Aviação Civil abriu uma investigação para o acidente. O Certificado de Operação Aérea da Taban Air foi temporariamente suspenso.

ACESSE LINK ACIMA:- CRASH IN IRAN - TUPOLEV 154M - TABAN AIR